segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Notícia - Quatro reacções adversas à vacina contra Gripe A notificadas em Portugal


Portugal registou, até ao momento, quatro notificações de reacções adversas à vacina contra a gripe A, que começou a ser administrada no dia 26 de Outubro, revelou à Lusa fonte do instituto que regula o sector.
Fonte da autoridade nacional que regula o medicamento (Infarmed), esclareceu que o Sistema Nacional de Farmacovigilância recebeu quatro notificações de reacções adversas à vacina Pandemrix.

«As reacções relatadas incluíram dor e edema no local da injecção, bem como febre ligeira e indisposição», acrescentou o Infarmed.

A mesma fonte disse que estas reacções estão «descritas no respectivo Resumo das Características do Medicamento (RCM)» e que as mesmas evoluíram para «a cura total dos sintomas».

Lusa / SOL

EFA - STC - NG7 - DR1 - Ficha de Trabalho nº20 - DNA - Sociedade, Tecnologia e Ciência


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Panfleto - Suporte Avançado de Vida


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3ºAno - Estudo do Meio - Ficha de Trabalho - Manusear objectos em situações concretas


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Manual sobre Educação Ambiental


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Ficha de Trabalho - 7ºAno


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Higiene e Segurança no Trabalho - Powerpoint sobre mapa e mapeamento de riscos ambientais


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Powerpoint - Meet Charlie


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Powerpoint - Condições de instalação e funcionamento em estabelecimentos de mercearia


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Ficha de Trabalho - As Invasões Napoleónicas - 6ºano


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Powerpoint - Coordenadas Geográficas


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domingo, 30 de outubro de 2016

Conteúdo - Orientações simples para auxiliar a criança que apresenta disfluência/gagueira


Na idade de aquisição da linguagem (entre 2 e 4 anos), o pensamento da criança é muito mais rápido do que a velocidade que ele pode imprimir na fala. Isso causa ansiedade e pode aparecer a disfluência. Na maioria das vezes ela desaparece espontaneamente, mas em alguns casos, a gagueira pode estabelecer-se. Nessa fase é importante que as pessoas que convivem com a criança assumam posturas de convivência para que isso não ocorra.

O tratamento, realizado assim, dá resultados muito positivos quando todos compreendem o problema e se dispõem a colaborar.

Vocês vão receber informações de como agir e estejam certos de que a gagueira tem todas as chances de regredir:

 1)  Não deixe que a criança perceba por palavras, gestos ou atitudes que você está preocupado com a sua maneira de falar.

2)  Nunca chame a criança de gaga ou diga que ela gagueja. Não rotule. Não permita que esse assunto seja falado na sua casa pelos seus amigos.

3)  Olhe para ela quando ela falar. Mostre interesse, faça-a sentir que você tem prazer em escutá-la.

4)  Se tiver que interromper a sua fala, faça-o no fim de uma frase, nunca no começo ou no meio.

5)  Dê um bom modelo de linguagem. Fale com ela calmamente e articulando bem as palavras.

6)  Não forcem a criança a falar em frente de muitas pessoas. Não exija que ela fale coisas além do seu vocabulário.

7)  Evite fazer perguntas que exigem respostas muito longas. Faça uma pergunta de cada vez. Dê uma tarefa de cada vez também.

8)  Não agite a criança desnecessariamente. Correrias, sustos, cócegas, gritos, fazem com que muita adrenalina seja despejada na corrente sanguínea. Isso pode desencadear a disfluência. Reduza o stresse e construa um ambiente calmo para ela.

9)  Demonstre sempre, por pequeninos gestos ou palavras, que você aprecia suas qualidades. Elogie seus desenhos, suas boas ações e comportamentos positivos.

10) Se notar que ela está preocupada com a gagueira,  explique que é normal que as crianças que estão aprendendo a falar repetirem as palavras.

11) Não peça que seu filho fale sob efeito de uma emoção forte. O choro já é repetitivo. Quando se pergunta algo à criança durante uma crise de choro, ela tem dificuldade em organizar os sons sem repeti-los. Com certeza irá gaguejar.

12) Não tente ensinar a criança truques que possam ajudá-lo a falar com menos dificuldade. O que funcionou com o filho do vizinho pode não ser bom para ele.

13) Não termine as frases por ele. Tenha paciência e escute calmamente o que ele tem a dizer, mesmo que isto demore muito.

14) Não deixe que ele perceba a sua aflição que você sente toda a vez que ele repete as sílabas ou bloqueia uma palavra. O pânico, às vezes, é demonstrado sem sentir, através de atos nervosos como torcer algo nas mãos, arregalar os olhos, virar o rosto, franzir as sobrancelhas, etc.

 15) Arranje tempo, todos os dias para contar-lhe histórias ou para falar sobre figuras de um livro e, também para realizar as tarefas. É importante estabelecer o diálogo. Façam treino para que todos tenham a sua vez de falar na família.

 16) Sempre que forem a algum lugar ou visitar alguém, avisem a criança com antecedência para que ela saiba o que vai acontecer e quais pessoas vai ver. Evitem que ela fique ansiosa por não saber aonde vai ou com quem vai brincar.

17) Se for um “dia bom” em que o seu filho esteja a gaguejar pouco, arranje brincadeiras em que ele tenha oportunidade de falar. Por exemplo: desligar a TV, fazer um jogo de fantoches, pedir que ele conte histórias, visitar amigos, fazer compras, etc. Explore a fluência ao máximo.

 18) Se for um “dia mau” , em que ele esteja a gaguejar muito, arranje as coisas de modo que ele tenha poucas oportunidades de falar. Por exemplo: Jogos de mímica, ver TV, ir ao cinema, escutar histórias, colar figuras, desenhar, montar quebra-cabeças, etc. Evite a disfluência ao máximo.

19) Faça somente perguntas necessárias e que evitem respostas curtas.

20) Invente brincadeiras de cantar ou de falar a imitar o que você diz.

 21) Olhe bem nos olhos do seu filho quando ele falar, mantendo uma fisionomia serena. Mostre que você está interessado no que ele diz.

 22)  A melhor maneira de evitar prestar atenção na gagueira é se mostrar mais interessado naquilo que ele diz e não em como ele fala.

Fonte: http://www.jecripe.com/

sábado, 29 de outubro de 2016

Notícia - Homem com coração no lado direito surpreende médicos

Um indiano de Bombaim surpreendeu os médicos quando estava a preparar-se para uma cirurgia: descobriu-se que tinha órgãos invertidos, incluindo o coração no lado direito.

Ashok Shivnani, de 64 anos, pode ser caso único no Mundo, até porque apresenta também a artéria aorta e a veia cava inferior em lados oposto, bem como um fígado de pequenas dimensões. Além disso, segundo a 'BBC Brasil', o paciente não possui intestino delgado e tem o intestino grosso mais curto do que o normal.

A descoberta surgiu quando Shivnani se preparava para ser analisado devido a um tumor de sete centímetros que apresenta no rim. O médico responsável, Anoop Ramani, disse que quando viu os raio-x pela primeira vez pensava que os estava a observar ao contrário.

Ashok Shivnani já tinha sido operado duas vezes a uma hérnia e examinado a problemas nos pulmões, mas até agora ainda não sabia da sua deficiência rara.

EFA - STC - NG7 - DR1 - Ficha de Trabalho nº10 - O Racismo - Sociedade, Tecnologia e Ciência


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Panfleto - Posição Lateral de Segurança


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3ºAno - Estudo do Meio - Ficha de Trabalho - Experiências de mecânica


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Guião de Trabalho - Associações Ambientalistas


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Ficha de Trabalho - 7ºAno


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Higiene e Segurança no Trabalho - Check-List - Ponte Rolante


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Educação Física vai voltar a contar para a média de acesso ao superior


A disciplina de Educação Física vai voltar a contar para a média no acesso ao ensino superior. O anúncio foi feito, segundo a Lusa, na sexta-feira, pelo secretário de Estado da Educação, João Costa. Nesta segunda-feira, fonte do Ministério da Educação (ME) preferiu não se comprometer com datas, até porque esta alteração se insere “no quadro mais amplo de trabalho que se encontra em curso com as associações de professores sobre a gestão do currículo”.

A nota de Educação Física deixou de contar para a média no ano lectivo de 2012/13, para os alunos que iniciaram então o 10.º ano. Em 2014/15, deixou de contar para todos os alunos, por iniciativa do então ministro da Educação, Nuno Crato. Desde então, a nota a essa disciplina é considerada apenas nos casos dos estudantes que escolhem cursos relacionados com o desporto quando se candidatam ao superior.

“Os alunos vão beneficiar com esta mudança, porque a Educação Física é importantíssima e transversal à formação escolar geral, desde o pré-escolar até ao 12.º ano. Aliás, nunca compreendemos por que é que a disciplina deixou de contar para a nota”, congratulou-se o presidente do Conselho Nacional de Associações de Professores e Profissionais de Educação Física, Avelino Azevedo.

Porque “o exercício físico pode melhorar as funções executivas e cognitivas que estão na base do sucesso escolar de cada aluno”, aquele responsável garante que os directores das escolas e os professores das restantes disciplinas aplaudem também a mudança. “Quando a Educação Física deixou de contar para a nota, e passou a integrar a área de Expressões, houve uma diminuição de 20% no número de aulas dedicadas ao desporto e isso contribuiu muito para o aumento da indisciplina no 3.º ciclo. Os próprios professores de Português e Matemática têm vindo a reclamar mais actividade física porque os miúdos destas idades não conseguem estar tanto tempo parados numa sala de aula”, acrescentou Avelino Azevedo.

O ME explicou que esta mudança se enquadra na reflexão que tem vindo a fazer, juntamente com as associações de professores, a propósito da definição das competências tidas como essenciais nas diferentes disciplinas. “Depois desta ampla discussão sobre a gestão do currículo no seu todo, qualquer alteração que eventualmente se possa produzir só terá efeito – para os alunos que entrarem no 10.º ano – após a publicação da legislação relevante”, ressalvou o ME numa resposta escrita, evitando assim comprometer-se com datas.

Informação retirada daqui

Manual - Microsoft Office Excel 2007


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Powerpoint - A segurança alimentar na fileira das carnes em Portugal


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Ficha de Trabalho - 5ºAno


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Powerpoint - Atmosfera


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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Conteúdo - Resumo da Obra "Ética e Nicómaco"


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Manual - Grafia Braille para a Língua Portuguesa


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Governo compromete-se a incluir livros para invisuais no Plano Nacional de Leitura


A secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, comprometeu-se nesta sexta-feira, em Coimbra, a incluir livros em braille e de leitura táctil no Plano Nacional de Leitura (PNL), embora sem assumir datas.

"Comprometi-me a começar agora a reunir para ver como vamos incluir [aqueles livros no PNL] e havemos de conseguir", disse a governante, no final da sessão solene das V Jornadas Deficiência Visual e Intervenção Precoce, que decorreram no Hospital Pediátrico de Coimbra.

A promessa de Ana Sofia Antunes acabou por ir ao encontro do desafio lançado pelo presidente da Associação Nacional de Intervenção Precoce (ANIP), Luís Borges, que apontou duas falhas no PNL: o facto de não abranger crianças invisuais e de não abranger as crianças em idade pré-escolar. 

Informação retirada daqui

   

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Powerpoint - Coordenadas Geográficas


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Notícia - Autismo poderá vir a ter diagnóstico em cinco anos


Estamos mais próximos de conseguir diagnosticar o autismo, pelo menos uma parte dos casos. Um consórcio internacional com participação portuguesa descobriu mutações associadas a genes raros que são mais frequentes em crianças com esta doença.
O estudo foi publicado na revista Nature e é um passo importante para o desenvolvimento de um teste que, pela primeira vez, utiliza a informação genética para detectar um problema que afecta uma em mil crianças portuguesas.

“Este estudo deu-nos um panorama muito mais detalhado do genoma destas crianças autistas”, explicou ao PÚBLICO por telefone Astrid Vicente. A investigadora portuguesa é líder de um grupo de investigação no Instituto Ricardo Jorge e faz parte do consórcio constituído por 120 cientistas em 11 países chamado Projecto do Genoma do Autismo (AGP, em inglês) e a trabalhar desde 2002.

As novas técnicas moleculares permitiram obter uma resolução do genoma muito maior. O grupo analisou o ADN de 1000 indivíduos com autismo e comparou-o com 1300 indivíduos sãos. “Existem muitos fragmentos genéticos que correspondem a alterações dos genes que ou estão ausentes ou replicados em grande quantidade”, explica a investigadora. Estas mutações podem abranger entre um e 20 genes e ocorrem normalmente na população, mas são 20 por cento mais frequentes nos autistas.

“As mutações incluem genes expressos no sistema nervoso, alguns já se conheciam e estavam associados ao autismo e à deficiência mental”, continua a investigadora.

Normalmente cada autista tem mais do que uma mutação. A razão para que uma pessoa com algumas mutações seja normal e outra desenvolva os distúrbios que caracterizam a doença - um défice de socialização e comunicação, e comportamentos repetitivos - depende do contexto genético e ainda vai levar tempo a compreender.

“O mais importante é que ficámos com uma panóplia de alterações, em que cada uma é rara mas que no conjunto são responsáveis por uma percentagem elevada de crianças com autismo”, disse Astrid Vicente.

Há ainda uma quantidade significativa de doentes em que não se identificou a causa genética. No entanto com o que já se conhece vai ser possível produzir um diagnóstico molecular que detecte mais cedo as crianças autistas ou diga as probabilidades que um casal tem de ter filhos autistas. O que poderá fazer a diferença em famílias onde já existe a doença. “Daqui a cinco anos poderão estar disponíveis diagnósticos, há que recolher mais informação”, salienta a investigadora.

A produção de medicamentos está mais distante. Os genes mutados dão origem a proteínas importantes na fisiologia do sistema nervoso. Estas proteínas podem estar interligadas e apontarem as principais vias celulares que causam a doença.

“Se identificarmos estas vias fisiológicas elas vão ser alvo do desenvolvimento de terapêuticas farmacológicas”, refere a investigadora. A partir daqui, mesmo não sabendo todas as causas genéticas, haverá medicamentos que poderão ajudar os autistas.

Powerpoint - Turismo Religioso


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Conteúdo - Determinação do teor em nitratos de uma água




EFA - STC - NG7 - DR1 - Ficha de Trabalho nº9 - Exclusão Social - Sociedade, Tecnologia e Ciência


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Panfleto - Suporte Básico de Vida


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3ºAno - Estudo do Meio - Ficha de Trabalho - Experiências de mecânica


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Powerpoint sobre Acompanhamento Ambiental de Obras


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Resumo - Pintura Renascentista


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Trabalho - Aplicação de Matrizes na Projecção de Peças de Automóvei


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Higiene e Segurança no Trabalho - Powerpoint sobre Riscos Elétricos


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Faz 100 anos a única escola do país com um sistema de ensino à distância


Rafael vive com os pais no Moxico, província de Angola, para onde o pai emigrou em 2010 à procura de trabalho. Dois anos depois de o pai ter ido, Rafael, a mãe e a irmã mais nova foram ter com ele. O pai arranjou trabalho como montador de estruturas metálicas e a mãe como assessora da administração de uma empresa de construção civil. Foi o desemprego em Portugal que lhes forçou a partida.

O primeiro ano de aulas de Rafael foi no colégio Salesianos, mas não correu bem. “Era um programa muito denso e as turmas tinham cerca de 50 alunos”, conta a mãe, Ana Catarina Valente, através de videochamada, ao lado do filho, a partir de Angola. Os maus resultados na escola levaram-na a pensar em alternativas e uma delas era regressar, mas “a pior coisa era ter de voltar ao sufoco de não ter trabalho em Portugal”.

Um dia, ouviu um casal alemão falar sobre o ensino à distância disponível na Alemanha. Quis saber se o mesmo existia em Portugal, procurou na Internet e encontrou o Ensino à Distância para a Itinerância (EDI), um projecto único no país, existente desde 2010 na Escola Secundária de Fonseca Benevides, em Lisboa, que comemora hoje o centésimo aniversário.

O requisito era ter um computador e ligação à Internet, para além da impossibilidade comprovada de não poder frequentar a escola presencialmente. Cumpridos os requisitos, Rafael, 12 anos, entrou numa turma do 6º ano e aprendeu a lidar com a forma como as aulas se organizam: uma plataforma virtual, um chat para falar com os colegas e os professores, as vídeochamadas para aulas específicas e um fórum para recolher os materiais das disciplinas.

Sobre a rotina do dia-a-dia, Rafael é claro: “Levanto-me de manhã, tomo banho, como o pequeno-almoço e vou para a escola”. Só que a escola, esclarece a mãe, é no escritório onde ela trabalha. “Ele vai ter comigo e fica numa secretária, com o computador, ao meu lado. Com ele ali eu consigo controlar-lhe o estudo.”

O alívio que Ana Catarina sentiu ao encontrar o ensino à distância é partilhado por João Vincent Salazar, 42 anos, pai de dois filhos. Emigrado no Dubai, é lá que trabalha durante nove meses, todos os anos, como operador de vídeo e de câmara freelancer, garantindo a cobertura televisiva da época futebolística. Divorciado e com a tutela dos filhos, João diz ter sempre lutado para os ter consigo no Dubai, em vez de os deixar em Portugal. “Havia o entrave da língua porque já tinham iniciado o ensino básico, e o ensino neste país é muito caro”, conta, numa entrevista por email.

Quando soube do projecto, inscreveu os filhos, Vasco e Tomás, de 14 e 10 anos. “Foi com alguma expectativa, mas há coisas que não há nada que as pague, como o nosso bem-estar psicológico. Hoje estamos juntos os três.” Como pai, defende que este sistema de ensino lhe permite ter mais proximidade dos filhos e que se tornou essencial nos dias de hoje, “principalmente para os emigrantes”.

Rafael, Tomás e Vasco são três dos sete alunos filhos de pais emigrantes, inscritos no sistema de Ensino à Distância para a Itinerância, criado inicialmente para os filhos de profissionais circenses e feirantes, assim como para as jovens da instituição Ajuda de Mãe, que, em conjunto, continuam a estar em maioria (são cerca de 90% do total de alunos inscritos).

Se no início do projecto havia cerca de 80 alunos inscritos, hoje são 170, no total, divididos por 11 turmas entre o 5º e o 12º ano. Nos últimos tempos, como sublinha Patrícia Alves, coordenadora do projecto, “para além de ter crescido, o público também se diversificou”. Hoje inclui meninas de etnia cigana, jovens de centros de reinserção social e alunos que, por motivo de doença, não conseguem frequentar a escola.

“Acho que se não fosse o ensino à distância, eu teria desistido da escola quando fui mãe”, conta Cíntia Pereira, 20 anos. Frequentava o 10º ano do ensino regular quando engravidou. Chumbou esse ano e só depois do nascimento do bebé, hoje com quase dois anos e meio, é que soube da existência do ensino à distância através da Ajuda de Mãe, entidade parceira do projecto desde o início. Agora está a acabar o 12º ano, pronta para começar um estágio em Marketing.

A colega de turma Tatiana Mendes também é mãe: tem 19 anos e engravidou quando estava no 9º ano. “Estive de repouso absoluto para conseguir fazer os exames nacionais, mas fiz tudo ainda grávida.” Também a terminar o 12º ano, o objectivo é entrar na faculdade, em Relações Públicas. Quanto aos últimos três anos, garante que lhe deu “mais jeito” não ter aulas presencialmente, porque assim pôde ter a bebé consigo na instituição, onde assistia às aulas. A outra vantagem que ambas as alunas lembram era poder passar na escola, uma ou duas vezes por semana, para tirar dúvidas pessoalmente com os professores.

Ana Paula Silva é uma das 25 professoras do projecto. Há 14 anos que lecciona Matemática e em 2012 lançou-se no ensino à distância quando foi colocada, ainda como professora contratada, na escola Fonseca Benevides. Foi-lhe atribuído um horário para as turmas não-presenciais e assim deu início ao que hoje considera ser o projecto “mais desafiador” da sua carreira.

"É muito diferente. Temos de lidar com a ausência. No ensino presencial percebemos as reacções dos alunos e temos um feedback imediato, aqui não.” Apesar de não ser fácil e de ser preciso mais tempo para preparar as aulas, a professora acabou por escolher ficar no ensino à distância. “Queria continuar com o projecto e é gratificante ver o esforço recompensado.”

A Escola Secundária de Fonseca Benevides, única a ter este sistema de ensino, modernizou-se ao longo dos últimos 100 anos e o Ensino à Distância para a Itinerância “é um exemplo disso”, aponta João Santos, director da escola. Tradicionalmente de formação técnica, e dedicada a áreas como a Química e a Electricidade, a escola continua em paralelo a apostar no ensino profissional no regime presencial. “Os nossos alunos são os miúdos que querem ser electricistas, técnicos de informática, técnicos de análise laboratorial, técnicos de energias renováveis.” Só que há uma ressalva a fazer, aponta João Santos: “O ensino profissional nem sempre é visto como um caminho para a faculdade, mas pode ser.”

Há seis anos a escola deixou as instalações antigas, fundadas em 1888, e mudou-se para Alcântara, para o espaço pertencente à Escola Secundária D. João de Castro, que sofreu uma intervenção da Parque Escolar, garantindo hoje as condições estruturais e materiais dos vários laboratórios. “A nível de escola não nos falta nada. A nossa dificuldade é passar a mensagem de que há escola públicas a fazer um ensino de excelência, dando um nível de preparação técnica que outros alunos não têm.”

São cerca de 700 alunos matriculados na escola. Já foram mais, mas o decréscimo populacional na zona central de Lisboa afectou esse número. “As escolas das periferias estão cheias”, aponta o director, e por isso os pais trazem os filhos para perto dos locais de trabalho. “Temos miúdos do Seixal, Odivelas e Loures. Metade deles não moram aqui e levam horas a chegar cá. Isso tem consequências no rendimento escolar deles.”

O sucesso escolar é um dos temas discutidos. A posição da escola no último lugar do ranking do ensino secundário, de 2013, é motivo de debate, porque os únicos alunos a fazer exames nacionais na Fonseca Benevides – e, por isso, a contribuir para os rankings – são precisamente os alunos do ensino à distância, apesar de todas as diferenças que os distinguem de outros sistemas de ensino.

São desafios como este, associados a outras especificidades da escola, como os cursos de educação e formação (CEF) ou o ensino nocturno que estarão esta quinta-feira em debate na escola, às 14 horas, numa palestra que contará com a presença do professor Marcelo Rebelo de Sousa, com o tema “Educação em Portugal: que futuro?”.

Quanto ao centenário da escola, o director, João Santos, diz ter dois grandes objectivos: conseguir mais alunos e contrariar uma percepção actual errada. “A escola pública, hoje em dia, nem sempre tem uma boa imagem. Queremos mostrar o que pode ter de bom.”

Informação retirada daqui

Manual - Redes – Infra-estrutura


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Manual - Programa de Formação sobre Higiene e Segurança Alimentar para Restaurantes e Estabelecimentos Similares


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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Conteúdo - Objectividade / subjectividade dos valores


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Vídeo - Aprendendo as Vogais com a Dora Aventureira

Conteúdo - Dicas para professores e pais de crianças com déficit intelectual


Como exemplo e sabendo que há inúmeras possibilidades e caminhos e a serem seguidos, aqui vão algumas sugestões (adaptadas de Espinosa de Gutiérrez) de soluções a problemas frequentemente encontrados. Apesar de se referirem a estudantes com deficiência intelectual em geral, também se aplicam a alunos com síndrome de Down.

– A aprendizagem dá-se num ritmo mais lento.
Devemos oferecer-lhe um maior número de experiências variadas para que aprenda o que o ensinamos.

– Fica cansado rapidamente, a sua atenção não se mantém por um tempo prolongado.
Inicialmente, devemos trabalhar durante curtos períodos de tempo, aumentando-os pouco a pouco.

– Às vezes não se interessa pela atividade, ou interessa-se por pouco tempo.
Devemos motivá-lo com alegria e com objetos chamativos e variados, para que se interesse pela atividade.

– Muitas vezes não consegue realizar a atividade sozinho.
Devemos ajudá-lo e guiá-lo apenas o necessário para que realize a atividade, até que consiga fazê-lo sozinho.

– A curiosidade para conhecer e explorar o que está à sua volta é limitada.
Devemos despertar nele o interesse pelos objetos e pessoas que o rodeiam, aproximando.nos e mostrando as coisas agradáveis e chamativas.

– É difícil para ele lembrar-se do que já fez e do que aprendeu.
Devemos repetir muitas vezes as tarefas já realizadas, para que se lembrem de como fazê-las e para que servem

– Não se organiza para aprender sobre os acontecimentos da vida diária.
Devemos ajudá-lo sempre a aproveitar todos os factos que ocorrem ao seu redor, bem como lembrá-lo de sua utilidade, relacionando os conceitos com o que foi aprendido na sala de aula.

– É mais lento ao responder.
Devemos sempre esperar com paciência e ajudá-lo, estimulando-o ao mesmo tempo para que responda cada vez mais rapidamente.

– Não costuma inventar ou procurar situações novas.
Devemos conduzi-lo a explorar situações novas, a ter iniciativas.

– Tem dificuldades em solucionar problemas novos, mesmo que sejam semelhantes a outros problemas vividos no passado.
Devemos trabalhar permanentemente, dando-lhe oportunidades de resolver situações da vida diária, sem anteciparmos nem responder no seu lugar.

– Consegue aprender melhor quando foi bem sucedido em situações anteriores.
Devemos saber em que ordem devemos ensiná-lo, oferecendo muitas oportunidades de sucesso. Apresente situações que são possíveis para o aluno e aumente progressivamente o grau de dificuldade.

– Quando conhece imediatamente o resultado positivo da sua atividade, interessa-se mais em seguir colaborando.
Devemos dizer-lhe sempre o quanto se esforçou, o quanto já alcançou, animando-o pelo sucesso já alcançado. Assim é possível que ele se interesse mais pela atividade e aguente trabalhar por mais tempo.

– Quando participa ativamente da tarefa, aprende melhor e esquece-se menos.
Devemos planear atividades em que ele intervenha ou atue no papel principal.

– Quando se pede que ele realize muitas tarefas em pouco tempo, confunde-se e rejeita a situação.
Devemos selecionar as tarefas e dividi-las pelo tempo, de forma que não se confunda nem se canse.

Cada etapa tem as suas características próprias, mas é preciso prestar atenção especial a alguns aspectos, desde o começo da ação educativa no programa de estimulação precoce e ao longo de todo o processo educativo:

– A programação por objetivos;
– O desenvolvimento das capacidades, tendo em conta que se trata de um processo evolutivo;
– O desenvolvimento da atenção;
– O desenvolvimento da percepção e discriminação;
– O desenvolvimento das habilidades manuais;
– A comunicação e linguagem;
– O desenvolvimento da leitura, escrita e cálculo;
– A educação para autonomia;
– O desenvolvimento de valores.

Vamos contribuir, deste modo, para formar um adulto que seja maduro, responsável e feliz, que seja:

– capaz de se sentir bem consigo mesmo;
– disposto a sentir-se bem com os outros e a que os outros se sintam bem com ele;
– capaz de enfrentar os desafios e as dificuldades que vierem;
– pronto a resolver e tomar decisões por conta própria, contando com ajuda somente quando for necessário;
– capaz de assumir sua própria responsabilidade.

Fonte: Fundação Iberoamericana Down 21

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Powerpoint - Ano Internacional da Água Doce


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Notícia - Nova técnica permite explodir células cancerígenas

Recorrendo a lasers e nanopartículas, cientistas da Universidade de Rice, nos estados Unidos, descobriram uma nova técnica para separar células doentes de um indivíduo, destruindo-as com pequenas explosões.

Nos testes em células cancerígenas, os investigadores descobriram que podiam sintonizar os lasers para criar “nano-bolhas” com capacidade para estourar as células.

“A segmentação de células singulares é uma das inovações mais elogiada na nanomedicina e, a nossa abordagem é nesse sentido, permitindo realizar um efeito no interior de uma única célula”, afirmou Dmitri Lapotko, físico responsável pela investigação publicada agora na revista ‘Nanotechnology’. “O nosso objectivo é detectar e tratar as células doentes cedo, antes que a doença se propague pelo organismo”, acrescentou Lapotko.

As bolhas são criadas quando nanopartículas de ouro, inseridas no interior das células cancerígenas, são atingidas por impulsos de laser de curta duração. As bolhas, visíveis ao microscópio, servem depois como meio de controlo para as explosões que visam a destruições das células.

Durante os ensaios de laboratório, a equipa de Lapotko descobriu que podiam utilizar as explosões para rebentar depósitos existentes nas artérias sanguíneas.

“Este trabalho com as bolhas funciona como um martelo eléctrico", destacou o Lapotko.

Lapotko e o seu colega Jason Hafner, professor adjunto de física e química, testaram a abordagem em células de leucemia e células cancerígenas da cabeça e pescoço. Foram ainda anexados anticorpos às nanopartículas de modo a definirem como alvo apenas as células cancerígenas.
Os investigadores acreditam que esta técnica pode utilizada como um processo que combina o diagnóstico e terapia. Além disso, como as células passam a ser visíveis ao microscópio devido às bolhas, a técnica pode ainda ser utilizada para avaliação pós-terapêutica.

“As propriedades mecânicas e ópticas das bolhas oferecem vantagens exclusivas nas aplicações biomédicas a nível de células individuais, ou até mesmo nos trabalhos dentro das células”, concluiu Hafner.

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Conteúdo - Reacção reversível de oxidação-redução




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Powerpoint - Factores fundamentais para a saúde de um indivíduo


3ºAno - Estudo do Meio - Ficha de Trabaho - Experiências com ímanes


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Ficha de Trabalho - 8ºAno


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Manual - EMAS 2000


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Ficha de Trabalho


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Higiene e Segurança no Trabalho - Portaria nº988/93 de 6 de outubro


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Manual - Excel Básico


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Powerpoint - HACCP


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domingo, 23 de outubro de 2016

Notícia - Descoberta mutação genética do cancro colo-rectal hereditário

Há cerca de 300 anos, no Norte de Portugal, viveu a pessoa que sofreu uma única mutação genética que está hoje na origem de 17% dos casos de cancro colo-rectal hereditário sem polipose. Esta mutação, nunca antes descrita em Portugal ou no estrangeiro, foi descoberta pela equipa de Manuel Teixeira, director do Serviço de Genética do Instituto Português de Oncologia do Porto, que a publicou na revista "Genetics in Medicine".

Até ao momento, a equipa identificou 110 famílias com cancro colo-rectal hereditário, das quais 17% têm esta mutação genética.

Antes desta descoberta, os doentes estudados não tinham mutações identificáveis em três genes (MLH1, MSH2 e MSH6) que se sabe estarem envolvidos neste tipo de cancro, que se caracteriza por ter poucos pólipos e por aparecer por volta dos 40 anos — cerca de 20 anos mais cedo do que o cancro colo-rectal não hereditário.

Mas a equipa portuguesa usou uma técnica que conseguiu detectar a nova mutação que, afinal, tem uma frequência elevada nos casos de cancro colo-rectal hereditário detectados no Norte de Portugal. Ela está no gene MLH1. Enquanto as outras mutações responsáveis por este cancro são pontuais, numa só letra da molécula de ADN, neste caso é apagada uma grande parte do gene MLH1. “E a proteína que o gene codifica é mais pequena do que o normal e não é funcional”, explica Manuel Teixeira.

Resultado: se não forem removidos, os poucos pólipos que se formam no cólon evoluem para cancro. Com esta descoberta podem agora identificar-se os familiares dos doentes com risco elevado de ter a doença (a probabilidade de transmitir a mutação é de 50%) e, fazendo regularmente uma colonoscopia a partir dos 25 anos, é possível prevenir este cancro de forma eficaz, realça Manuel Teixeira.

Embora as famílias com a mutação não se conhecessem, a equipa desconfiava que tinham um antepassado comum, uma vez que a mutação é típica da população portuguesa e não foi descoberta noutro lado. Através do estudo da variação genética entre as famílias, calculou-se que esse antepassado viveu há menos de 300 anos e que as gerações mais antigas dessas famílias tinham origem no interior do distrito do Porto. “Quando há uma mutação fundadora [de uma doença], acontece só uma vez.”

Powerpoint - Tipos de Turismo


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Conteúdo - Síntese do ácido acetilsalicílico




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Documento - Protecção Solar


3ºAno - Estudo do Meio - Ficha de Trabalho - Criação do gado no meio local


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Ficha de Trabalho - Civilização Egípcia


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Resíduos Industriais - Acumuladores e Pilhas Usadas


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Ficha de Trabalho - 7ºAno


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Higiene e Segurança no Trabalho - Manual sobre Ergonomia e Segurança no Trabalho para Administrativos


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Manual - Engenharia e Software


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Manual - Higiene e Segurança Alimentar em Ambiente Escolar


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Ficha de Avaliação - 6ºAno


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sábado, 22 de outubro de 2016

Conteúdo - Exemplo ilustrativo da primeira formulação do Imperativo Categórico


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Vídeo - Abelha Maia | Jardim de Infância Vol. 3

Notícia - Só 14% das vagas no superior para alunos com deficiência foram ocupadas


Andreia Rodrigues de Almeida receava sentar-se numa cadeira de estudante do ensino superior e não chegar com os pés ao chão. Nunca tinha entrado na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (UP). Precisaria de um caixote para apoiar os pés, não perder sensibilidade, ser capaz de caminhar no final de cada aula? “Afinal, não sou tão pequena como pensava!

Mede 1,37 metros. Aos 14 anos, foi operada à coluna vertebral e deixou de crescer. Tem uma doença neuromuscular congénita degenerativa. Explicou tudo a Alice Ribeiro, do Gabinete de Apoio ao Estudante com Necessidades Educativas Especiais da UP. No início de cada ciclo de formação, a equipa tenta perceber as características específicas de cada aluno e negociar as condições de estudo adequadas.

A passagem do secundário para o superior é um salto que poucos alunos com necessidades especiais dão. No último ano lectivo, havia perto de 11 mil no ensino secundário — um número que inclui todos os que apresentam algum tipo de dificuldade permanente de aprendizagem, seja ela causada por uma deficiência ou não. Neste ano, que agora começou, cerca de 140 entraram no superior, através do contingente especial de acesso a universidades e politécnicos para estudantes com deficiência.

O contingente especial para estudantes com deficiência destina-se a candidatos com deficiência física ou sensorial e é composto por 2% das vagas fixadas para a 1.ª fase do concurso nacional de acesso (ou por duas vagas por curso). Atendendo ao número de lugares disponíveis no ensino superior no início de cada ano lectivo — acima das 50 mil — há cerca de 1000 lugares em cada ano disponíveis para estudantes com deficiência. Neste ano lectivo, a taxa de ocupação foi de apenas 14%. Ainda assim, a mais alta dos últimos cinco anos.

O esforço de inclusão despontou nas instituições no final dos anos 80 e acentuou-se nos anos 2000. “Fomos tentando criar soluções cada vez mais estáveis”, explica Alice Ribeiro. “Quando os estudantes começaram a ter resposta mais sólida, começaram a vir. Há situações cada vez mais complicadas. Deparamo-nos cada vez com mais desafios para garantir igualdade de oportunidades.”

Um estudo do Grupo de Trabalho para o Apoio a Estudantes com Deficiências no Ensino Superior e da Direcção-Geral do Ensino Superior dá conta do aumento de alunos sinalizados pelos serviços: 816 em 2006/7, 1318 em 2013/14, o que representava 0,36% do universo estudantil naquele nível de ensino. Presume-se que muitos outros frequentem o superior e não procurem os serviços de apoio para evitar o estigma.

Têm diferentes graus de deficiência motora, visual, auditiva ou dislexia, doenças crónicas ou de foro mental, problemas neurológicos, espectro de autismo, multideficiência. Como não há legislação específica, como nos outros níveis de ensino, cada instituição decide o que fazer para oferecer condições de aprendizagem.

Nunca senti que era inferior. Sempre me senti capaz. Sempre quis ir mais além. Sempre achei que tinha de fazer os meus estudos. Se parasse, não ia conseguir ser psicóloga

O Gabinete de Apoio da UP funciona na Faculdade de Letras. Por estes dias, quem lá trabalha não tem mãos a medir. No início de cada ciclo, há que perceber que alunos precisam de intérprete de língua gestual, de materiais em braille ou em formato digital, de apoio de terceira pessoa, de ajustes curriculares, de provas adaptadas, de prazos alargados para trabalhos, de tempos extra para exames…

Andreia não pode andar a carregar livros para trás e para a frente. Necessita de versões digitais. Não aguenta escrever duas horas. Às vezes, nem dez minutos. “Já aconteceu termos um secretário”, explica-lhe Alice. Estão sentadas numa sala de reuniões. “Podemos pedir aos docentes que façam um exame específico para ti, que exija menos escrita”, continua a técnica. Essa hipótese agrada mais à rapariga, de 21 anos. “Usar o computador facilita?” Um grande sorriso. “À mão, esforço o pulso. No computador, esforço os dedos.” Há alternativa. “Também se pode dividir o exame. Podes fazer uma parte num dia e outra noutro. E orais? Ficas nervosa?”, pergunta a técnica. “Fico nervosa, mas quando o professor começa a falar, desbobino tudo.”

Andreia mora em Ovar. Não pode caminhar muito. Acontece nem conseguir dar um passo, ter de usar cadeira de rodas. A mãe leva-a à estação de comboio. Falta dinheiro à família para o serviço de táxi entre a estação e a faculdade. A universidade paga-lho, como faz com outros dois alunos. Entende que não pode deixar de fora quem se esforça tanto. “Já são tão poucos os que chegam aqui”, diz Alice Ribeiro.

Cada instituição estabelece o seu limite para as respostas que organiza para incluir estes alunos. Maria Arruda Pereira começou o mestrado de Psicologia na Universidade do Minho com as amigas a revezarem-se para empurrar a sua cadeira de rodas entre o apartamento e o campus.

Maria sempre vivera em São Miguel. Nunca estivera em Braga. “Com as minhas limitações, é uma aventura muito grande”, admitia, antes de viajar. Pensava: “Aqui, os meus pais levavam-me à universidade. Agora, vou ficar por minha conta. Será que vou conseguir ultrapassar as barreiras?” Procurou um apartamento próximo do campus. “Foi uma luta. Ou era longe ou não tinha elevador ou rampa na entrada principal”, conta. Contactou o gabinete para a inclusão da Universidade do Minho. “Ajudaram-me a procurar. Ao ver que se preocupam em amenizar os problemas que me vão aparecendo, sinto que estou bem entregue.”



A mãe viajou com ela. Ficou um pouco para a ajudar a adaptar-se. Deram logo pela falta de uma rampa no trajecto, o suficiente para a impedir de ir sozinha às aulas na cadeira eléctrica. A Associação de Apoio aos Deficientes encaminhou-a para a Cruz Vermelha, que lhe fez um orçamento diário de 35 euros. “Impossível!” Pôs-se à procura de outra solução, com a ajuda do gabinete. Algum voluntário?

Toda a vida Maria lidou com barreiras. Nasceu com spina bifida, uma malformação da coluna vertebral que a impede de andar e lhe provoca e hidrocefalia. “Muitas vezes, foi preciso chatear para que houvesse rampa, ou para que o elevador funcionasse.” No 7.º ano, o pai tinha de a levar ao colo para a sala, no 2.º andar. “Nunca senti que era inferior. Sempre me senti capaz. Sempre quis ir mais além. Sempre achei que tinha de fazer os meus estudos. Se parasse, não ia conseguir ser psicóloga.”

Nos vários estudos feitos, os estudantes com necessidades especiais referem que a barreira atitudinal é a maior, contou Lília Aguardenteiro Pires, do Serviço de Apoio ao Aluno da Universidade de Lisboa, num seminário, em Setembro do ano passado, na Universidade do Minho. Referia-se à “falta de sensibilidade e de formação de docentes, técnicos e administrativos”.

“Ainda há muito para fazer”, verifica Alice Ribeiro. “Precisamos de mudar formas de proceder. Vai depender muito da sensibilização de todos. Estas pessoas estarem nos sítios, quererem estudar, sentirem que são capazes, arriscarem vir é muito importante para que as coisas se agitem.”

Para já, Andreia está encantada. “A doença é uma incógnita”, diz. “Hoje caminho, amanhã não. De manhã escrevo, de tarde não.” E, no secundário, essa inconstância gerava incompreensão. Na universidade, encontrou “outra mentalidade”. Professores e estudantes parecem aceitá-la. E Alice Ribeiro e os colegas procuram condições para que possa fazer o curso de Estudos Portugueses e Lusófonos. “Desde pequena que sou fascinada pela escrita e pelo português e também por dar aulas”, recorda. Tantas vezes, a caminho do hospital, olhou para aquela faculdade e pensou: “Ainda hei-de estudar ali.”

Informação retirada daqui