terça-feira, 26 de junho de 2012

Em três anos há menos 23 mil professores no quadro, mas a contrato são mais 20 mil

O ensino não superior perdeu, em três anos, 23.030 professores que pertenciam ao quadro, segundo confirmam as últimas estatísticas da educação ontem divulgadas.

O relatório da Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência respeitante ao ano lectivo 2010/2011, o último que tem dados conhecidos, dá conta de que no ano lectivo passado o número de docentes do ensino público (pré-escolar, básico e secundário) que estavam no quadro rondava os 97 mil. No ano lectivo de 2008/09 eram 119.776.

Só do ano lectivo de 2009/10 para 2010/11 desapareceram do quadro mais de 19 mil docentes. Desde 2008 tem sido notícia o número de reformas antecipadas dos professores do ensino não superior. Nesse ano, beneficiando de condições para a reforma antecipada mais favoráveis e, segundo os sindicatos, por recusa das políticas da ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues reformaram-se mais de cinco mil docentes do ensino básico e secundário.

Entre reformas por limite de idade e saídas antecipadas, os números da Caixa Geral de Aposentações dão conta de menos cerca de 6500 docentes no activo entre 2010 e 2011, um número que fica muito aquém do fosso revelado pelos dados ontem divulgados. Para o balanço de reformados da CGA não contam os 2022 educadores de infância. Este é o grupo mais envelhecido.

A saída de professores do quadro foi acompanhada por um aumento do número de docentes contratados. Por comparação a 2008/09 existiam em 2010/11 mais 19.759 contratados nas escolas portuguesas. Para Mário Nogueira, da Federação Nacional de Professores, este movimento veio confirmar que se assistiu a uma "precarização" da função docente.

"Trata-se de uma opção concertada iniciada em 2006, com Maria de Lurdes Rodrigues, com o objectivo de reduzir o número de professores do quadro", denuncia em declarações ao PÚBLICO. Até essa data, os concursos para substituição de professores do quadro realizavam-se anualmente. A partir daí, por decisão da ex-ministra da Educação, a sua periodicidade passou a ser de quatro em quatro anos. O resultado, segundo Mário Nogueira, está à vista: os docentes do quadro passaram a ser substituídos por professores com contratos anuais.

O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, já indicou que, no próximo ano lectivo, só serão contratados os "estritamente necessários", mas não avançou números. "Em média, por escola, vai assistir-se a uma redução de 20% dos horários que estas tinham disponíveis", prevê Mário Nogueira. "No conjunto, com mais mega-agrupamentos, mais alunos por turma, a revisão curricular e as novas regras de organização do ano lectivo serão cerca de menos 26 mil horários para docentes", aponta.

O último boletim de execução orçamental, divulgado na semana passada pela Direcção-Geral do Orçamento, destaca que, por comparação a 2011, a despesa com a função pública diminuiu 7,2%, destacando para esse fim o contributo do Ministério da Educação e Ciência, "devido à redução de efectivos das escolas de ensino não superior". Segundo o Ministério das Finanças, esta redução não é devida ainda aos cortes de subsídios de férias e de Natal. Uma das hipóteses avançadas tem que ver com o aumento das reformas antecipadas.

Durante o mandato de Isabel Alçada, o Ministério da Educação tinha previsto, em sede de orçamento, a redução de cinco mil docentes no ano lectivo 2010/11 por via da fusão de agrupamentos e do encerramento das escolas do 1.º ciclo.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Grândola


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Powerpoint sobre a Região Alentejo

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Powerpoint sobre as Potencialidades do Sector Primário no Litoral Alentejano

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Powerpoint sobre a Agricultura e Desenvolvimento Rural Sustentável



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Powerpoint sobre o Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural



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Powerpoint sobre a Política de Desenvolvimento Rural


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Powerpoint sobre a Diversidade de Actividades na Exploração Agrícola


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domingo, 24 de junho de 2012

Escolosfera

“Cada vez um maior número de alunos e professores de todos os níveis de ensino descobrem na criação de blogues uma outra forma de aprender, de ensinar, de partilhar, de publicar, de comunicar”. Maria João Gomes

Os blogues andam pelas nossas escolas; é um facto. Tal significa que muito haverá para dissertar sobre o caso. O que são? Quando surgiram? Quem inventou? Onde? Para quê? Quem faz? Quem consulta? Que mudanças provocam? Qual o interesse? Como têm evoluído? Estas e outras são questões pertinentes que me vêm à ideia quando paro e olho para lá do blogue que tenho nos dedos; questões que aguçam a minha curiosidade. Hoje, contudo, apenas trago factos práticos e pontuais do imenso mundo da blogosfera, procurando, de alguma forma, corresponder ao solicitado no editorial do primeiro número desta Revista.

“Mostra lá” é um blogue escolar. Iniciou-se a 1 de Setembro de 2009 e tem por objectivo dar a conhecer actividades realizadas pelas escolas do 1º Ciclo do Agrupamento Vertical de Montemor-o-Novo. As 34 turmas, mais de 600 alunos e respectivos professores, têm a possibilidade de mostrar um pouco do seu trabalho a um amplo público.

Após uma década de experiências na concepção e dinamização de sites, e algumas dezenas de meses relativamente aos blogues, pensei que seria interessante concretizar um registo colectivo de trabalhos que possa orgulhar tanto os seus autores como os seus navegadores. Muitos dos trabalhos que realizei anteriormente mostravam a minha turma e/ou escola. Agora, com redução da componente lectiva – por conta da coordenação de departamento e da avaliação de desempenho docente –, lembrei-me de ser veículo de transmissão das boas práticas que se desenvolvem no concelho onde vivo.

Cultivar um espaço na internet é, para mim, uma tarefa entusiasmante, tanto no processo como no objectivo. Pretendo, sobretudo, divulgar para aproximar. E, neste ponto, refiro-me a várias aproximações: dos alunos aos seus produtos; da escola à família e vice-versa; das escolas entre si; das escolas à direcção e vice-versa; do departamento aos outros departamentos e vice-versa; das escolas à comunidade local e vice-versa; das escolas ao resto do distrito, ao resto do país e, porque não?, ao resto do mundo, não esquecendo o vice-versa.

Poder-se-á dizer que quem tudo quer, tudo perde, mas também é certo que quem espera sempre alcança (o que mais gosto no saber popular é que há sempre uma frase para contrariar outra que não nos convém); e é isso que me dá alento. Tenho até a esperança de vir a comentar um ou mais blogues que possam surgir de entre as turmas participantes, pois o espaço colectivo que está iniciado não invalida a criação de espaços mais próprios; pelo contrário.

Para que não surjam dúvidas a ninguém, o termo blogue é a grafia portuguesa sugerida pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação em Portugal para o estrangeirismo blog ou weblog. Pode dizer-se que um blogue é um documento virtual onde se publica informação de forma cronológica, ou seja, uma espécie de diário de bordo que coloca em primeira página sempre a notícia mais recente. O autor (ou autores) do blogue tem liberdade para publicar informação em diversos suportes (escrita, imagens, vídeo, áudio) na quantidade e tempo que considerar mais apropriados ao seu objectivo. No âmbito da exploração educacional, Maria João Gomes considera que o blogue pode ser categorizado como recurso pedagógico, estratégia pedagógica ou assumir ambas as situações.

O caso do “Mostra lá” pode muito bem ser um exemplo da terceira situação, mas não quero que se preocupem com esse aspecto, prefiro que visitem o já referido blogue que está disponível em http://mostrala1.blogspot.com/. Uma vez lá, façam uso de uma outra característica de um blogue que é comentar a informação. A escrita de um leitor crítico e justo surgirá logo disponível no espaço comentários, mesmo por baixo da informação, e será sempre bem-vinda.

E é precisamente nos comentários que entendo residir a grande força do blogue que tem por principal objectivo divulgar. Particularmente para os alunos, sentir que para lá das oito paredes alguém (des)conhecido deu conta do seu trabalho é motivo de alegria e empenho redobrados.

As ideias e os factos estão lançados. Aguardarei pelo final do ano lectivo para poder confirmar, ou não, as minhas expectativas.

A página N.º 187, série II Inverno 2009

terça-feira, 19 de junho de 2012

Fotoprotesto contra exames nacionais vai estender-se a todo o país

Catarina Albuquerque, Beatriz Pinto, dois baldes de cola, uma escova de pelo grosso e 120 cartazes com estudantes de todo o país dispostos a “dar a cara contra os exames”, fizeram o fotoprotesto organizado esta segunda-feira, de manhã, no Porto, no dia em que decorre a prova nacional de Português do secundário. A organização espera chegar a todo o país.

As duas estudantes, envolvidas num movimento contra estas provas que funciona nas redes sociais como o Facebook, preencheram o muro situado em frente à Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) com uma carta aberta ao ministro da Educação e fotografias com rostos de quem quer denunciar uma prova que aumenta as desigualdades e favorece os mais fortes no sistema de ensino.

“Não queremos facilitar nada. Não defendemos que o ensino seja facilitado. Queremos apenas uma avaliação mais justa que coloque os estudantes em pé de igualdade, uma avaliação contínua que tenha em conta factores como a progressão do aluno e a participação nas aulas”, explica Catarina Albuquerque, 18 anos, estudante do 12.º ano que também trabalha em part-time.

A desigualdade, explica, encontra-se de várias formas. Desde as condições dos estabelecimentos de ensino num cenário onde vemos “quem tenha tudo e mais alguma coisa” e também “escolas com tectos a cair, pragas de insectos, sem material adequado”. Está também nos alunos que vivem “este stress dos exames de forma diferente”, “alguns têm possibilidades de ter explicações por razões económicas enquanto outros não têm essa vantagem” e, no mundo das coisas desiguais, nota-se ainda que há quem tenha mais condições de preparação para os exames e quem não tenha sequer manuais de apoio para estudar. Depois, adianta Catarina, está nas provas que avaliam, em duas horas, um percurso de estudo de vários anos.

O fotoprotesto foi organizado com base numa recolha das fotos de estudantes de todo o país, através do Facebook. Os cartazes que foram colados em frente à DREN são a preto e branco, têm a foto do estudante com o nome e a escola a que pertence e a frase “Dá a cara contra os exames!”.

Hoje, Catarina e Beatriz vão deixar ali 120 fotografias num fotoprotesto que se deverá repetir noutras cidades. “Sabemos que somos muito mais do que 120”, diz Catarina que adianta que esta foi a forma encontrada para “dar vida ao protesto e às vozes de todos os colegas que estão contra os exames nacionais”.

“Os exames nacionais, desde que foram aplicados (em 1996), nunca fizeram mais pelo ensino que não elitizá-lo”, acredita Catarina Albuquerque. “Se colocarmos, lado a lado, os estudantes das escolas públicas e os das escolas privadas, essas diferenças são ainda mais evidentes, pelo que a injustiça ainda é maior. Podemos concluir, portanto, que os exames nacionais não colocam todos os estudantes em pé de igualdade, mas evidenciam as suas diferenças, dando prioridade a quem tem mais condições e recalcando aqueles não as têm”, refere a convocatória para o protesto.

No mesmo documento propõem: "Os estudantes deviam ser avaliados, apenas e só, de uma forma contínua e justa, que tenha em conta as características de cada aluno, os seus progressos e participações nas aulas. Por isso, defendemos que a escola deveria ser pública, gratuita e de qualidade para todos, para que essa mesma avaliação contínua seja possível e chegue a todos”.

Por fim, os estudantes avançam ainda uma explicação sobre os conhecidos maus resultados nos exames do 4.º e 9.º anos: “Se os resultados foram inferiores ao que era esperado, não será por os jovens de hoje terem menos apetência, mas sim porque o ensino está mais degradado. Mais uma vez, prova que as lacunas não podem ser preenchidas com exames, que simplesmente ‘tapam o sol com a peneira’; é necessária uma reestruturação no ensino, é necessário financiamento nas escolas, é necessário um real acompanhamento a este sector”.

Ordem alfabética desapareceu do exame de Língua Portuguesa do 6.º ano

Os alunos do 6.º ano que esta terça-feira se estrearam em exames não tiveram que mostrar se sabiam ou não colocar palavras por ordem alfabética, porque esta pergunta não estava contemplada na prova que realizaram de manhã.

Este é um dos itens que tem tido piores resultados nas provas de aferição que até agora eram realizadas pelos alunos deste ano de escolaridade.

No ano passado, 45,4% não conseguiram colocar por ordem alfabética um conjunto de palavras começadas por "c". Em 2010, esta percentagem foi de 67,2%. Nas provas de aferição – que não contavam para a nota final –, os alunos do 6.º ano tiveram habitualmente piores resultados no grupo que testava o chamado conhecimento explícito da língua (gramática), onde se integrava aquele item.

Mas, segundo os relatórios nacionais elaborados pelo Gabinete de Avaliação Educacional, revelaram ainda maiores dificuldades em conjugar diferentes tempos verbais do modo indicativo. Na prova de aferição do ano passado, 51% deram outra resposta na pergunta em que se pedia que reescrevessem a frase “o feitor é dedicado” em quatro outros tempos do modo indicativo. No exame de hoje são apresentadas quatro frases diferentes, pedindo-se ao aluno que escreva os verbos entre parêntesis no tempo e modo indicados para cada uma.

Num parecer à prova, a Associação de Professores de Português (APP) considerou que no texto proposto para interpretação (um excerto de "A maior flor do mundo" de José saramago), a inclusão de uma sequência narrativa em verso "complexifica a interpretação da globalidade do texto, implicando um grau de abstracção que alguns alunos neste nível etário ainda não desenvolveram”. “Esta situação poderá suscitar dúvidas, fazendo prever que o exame vá premiar os bons alunos”.

No geral, a APP considera que a prova “está bem estruturada e respeita os conteúdos centrais do programa de Língua Portuguesa do 2.º ciclo”. Indica também que “o exame segue a matriz das provas de aferição de 6.º ano de amos anteriores”.

No grupo destinado à produção de texto narrativo, a associação afirma que “é de louvar a substituição do pedido de número de linhas, como nas provas de aferição, por número, máximo e mínimo, de palavras”. Neste grupo pede-se aos alunos que relate “um acontecimento inesquecível, real ou imaginado, passado nume espaço natural e agradável, na companhia de alguém importante para ti”.

O exame de Língua Portuguesa contará 25% para a nota final do aluno. A partir de 2013 o seu peso passará a ser de 30%, igual ao que valem os exames do 9.º ano e do ensino secundário. Para a prova de hoje estavam inscritos 121.198 alunos.

Gave diz que imprecisões gráficas no exame de Biologia e Geologia não prejudicam resolução

O enunciado do exame de Biologia e Geologia, realizado esta tarde pelos alunos do 11.º ano, continha “imprecisões gráficas” em dois gráficos do último grupo, segundo informa o site do Gabinete de Avaliação Educacional (Gave).

Estas imprecisões, que já estão corrigidas na versão disponibilizada online pelo Gave, “não têm qualquer implicação na resolução dos itens deste grupo”, assegura o organismo do Ministério da Educação e Ciência responsável pelos exames.

O grupo IV, último do exame, parte de uma experiência destinada a promover a produção de B-caroteno em larga escala a partir de algas unicelulares. Alunos ouvidos pelo PÚBLICO consideraram que algumas questões deste grupo eram das mais difíceis do exame, sobretudo por serem um “pouco confusas”.

Para o exame de Biologia e Geologia, indispensável para os cursos da área da saúde, estavam inscritos 56063 alunos. Segundo dados do Júri Nacional de Exames faltaram à prova 5216.

Esta é uma das quatro provas mais concorridas dos exames nacionais do ensino secundário. Em 200 pontos, as questões de escolha múltipla valem 150.

Por o exame só ter terminado por volta das 16h30, a associação de professores da disciplina só divulgará amanhã um parecer sobre a prova. No ano passado, a média na 1.ª fase deste exame subiu para 10,7, a melhor dos últimos cinco anos.

Segundo um dos responsáveis da associação de professores da disciplina, tal ficou a dever-se ao facto de terem sido “introduzidas questões para diferenciar os alunos”. “Havia um grupo que era relativamente fácil, um conjunto de itens de dificuldade média e outro de dificuldade muito elevada. Esta estratificação permite a um aluno que tenha as competências básicas ficar com 10 valores no grupo mais fácil, o que antes não sucedia." A subida deve-se, provavelmente, ao facto de existirem "menos maus resultados", acrescentou.

Esta terça-feira realizaram-se também os exames de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (10204 inscritos), História da Cultura e das Artes (5748) e História B (1096), todos do 11.º ano. A percentagem de presenças oscilou entre 84% (História B) e 90% (MACS).

Vídeo - Minerais e Rochas


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Lista de Links Interessantes



Agência Portuguesa para o Ambiente - Link

Legislação Ambiental - Link

 Evolução do Direito e da Política do Ambiente - Link


Resumo sobre a Administração Pública



Resumo sobre as Regras do Direito








Resumo sobre a Legislação




Resumo sobre a Hierarquia das Leis


Resumo sobre a Função Legislativa do Estado


Resumo sobre a Legislação




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domingo, 17 de junho de 2012

Evidências que não contam

Quem ensina e aprende está à espera, numa tocaia inconsciente, de tocar e seduzir quem aprende e quem ensina. Todas as oportunidades são boas para alegrias vividas por quem compreende e anseia aprender, por quem se deixa seduzir pela alegria de saber e de mostrar compreensão pelo mundo até querer fazer parte dele, parte activa dele, parte crítica dele, parte.

As escolas podem até ter portas largas e grandes salas, como a que conhecemos melhor. Mas, em muitas delas, são os corredores que dominam tudo. Eles guiam-nos ao encontro das turmas e de outros grupos. Parte da escola é a viagem pelos corredores, mastigando passos e pensamentos, sobre como melhorar relações com as pessoas, das pessoas com o conhecimento, das pessoas com o trabalho.

Os professores afadigam-se a produzir evidências daquilo que pensam ser a sua acção e isso raramente é o que lhes acontece, é antes o que transcrevem dos livros e documentos onde se descreve o que é bom que tenha acontecido. Professores em corredores longos e escadas panorâmicas coleccionamos evidências nos detalhes. E a estes damos mais valor do que a outras evidências documentais pré-fabricadas para uso das organizações de profissionais que as escolas também são.

Voltemos à conversa dos corredores onde podemos espreitar o mundo: da linguagem corporal e da babel de sons. Nestes detalhes vivem evidências da acção dos professores e, principalmente, do seu pensamento aguçado para as circunstâncias em que se desenrola a sua acção. Esclarecem-nos a forma ou o molde das nossas inquietações em resposta às condições existentes. Condições de trabalho, sim, mas especialmente de resposta da parte de quem aprende. Quem ensina e aprende está à espera, numa tocaia inconsciente, de tocar e seduzir quem aprende e quem ensina. Todas as oportunidades são boas para alegrias vividas por quem compreende e anseia aprender, por quem se deixa seduzir pela alegria de saber e de mostrar compreensão pelo mundo até querer fazer parte dele, parte activa dele, parte critica dele, parte.

Cansamo-nos a argumentar a favor da rendição, disparando uma série de pequenas informações e perguntas em vez do problema que precisa de ser interpretado e resolvido. Não acreditamos que algum jovem queira esforçar-se e damo-nos por satisfeitos com respostas a partículas de perguntas em que a grande pergunta se decompõe. Olhamos para os jovens como se eles tivessem uma cabeça de pássaro desatento (ou atento a milhares de coisas por minuto) sem poder concentrar-se em leituras atentas e activas, interpretativas.

E damos sentido (talvez sem razão) ao cuidado do professor de Português em transcrever um texto numa só página na esperança que seja lido e compreendido pelos jovens, ao cuidado de publicar as perguntas sobre o texto ao lado do texto para ter esperança em que eles busquem o sentido para as respostas, etc.

Estes detalhes espelham uma baixa expectativa e uma descrença nos jovens. Um detalhe destes por dia e nós sabemos que passámos a estar à espera sem esperança. Sabemos que não há um nexo simples entre ensinar e aprender, porque aprender exige esforço, depende da vontade. E que aprender pelo trabalho, de forma complexa e esforçada, é fonte de muitas alegrias. E que aprender um caminho de migalhas que se debiquem e se guardem, migalha a migalha, pode ser um papo cheio, mas não de alegria.

Não podemos desistir de exigir o esforço de interpretar e construir alguma coisa que exija mudança de página e memória por, em cada momento, não importar o esforço da mudança de página e só interessa saber se o jovem sabe ou faz precisamente isto ou aquilo. E evitamos o que existe sempre e em todo o lado? Não podemos estar sempre a pensar em perguntas livres de todo o mal do esforço, qual minério livre da ganga em que se embrulha e esconde. Não podemos, mas os corredores mostram que o fazemos todos os dias. Sem pensar.

Continuar a empobrecer o nosso discurso até ser o já adquirido pelos jovens, por ser esse que eles percebem, ou motivar por vias estranhas ao nosso ensino e ao que é preciso que aprendam, talvez seja um caminho. Mas é um caminho sem regresso, porque as migalhas que fomos deixando para marcar o caminho de regresso ao futuro, foram parar ao papo de quem não vê a floresta do caminho que vai debicando, não pensa em deixar rasto, nem sabe de onde vem a luz que o guia.

Evidências que não contam. Detalhes que contam.


Página da Educação
N.º 187, série II
Inverno 2009

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Imagem - Interior do cérebro

(Clique na Imagem)

Educação Física não vai contar para a média final do secundário

É mais uma das mudanças anunciadas para o próximo ano lectivo. No ensino secundário, a classificação na disciplina de Educação Física vai deixar de contar para o apuramento da média final dos alunos, não entrando assim em linha de conta para a nota com que se candidatam ao ensino superior, confirmou o gabinete de imprensa do Ministério da Educação e Ciência (MEC).

A notícia já tinha sido avançada pelo Correio da Manhã esta quinta-feira. O MEC esclarece que há uma excepção à nova regra: os resultados de Educação Física continuarão a contar para a média final dos alunos que pretendam “prosseguir estudos nesta área”. Por outro lado, a nota nesta disciplina “é considerada para efeitos de conclusão do nível secundário de educação”. Para concluírem o secundário, os alunos têm de obter pelo menos 10 (numa escala de 0 a 20) a todas as disciplinas.

O gabinete de imprensa do MEC indicou ainda que esta novidade foi comunicada a directores de escolas nas reuniões que têm sido realizadas com as direcções regionais de Educação. As associações de professores da disciplina não foram ouvidas. O Conselho Nacional de Associações de Professores e Profissionais de Educação Física (CNAPEF) está a ponderar pedir uma “audiência de urgência” ao MEC na sequência da divulgação desta medida, adiantou o seu presidente, João Lourenço.

“É um retrocesso tremendo e uma machadada no estatuto da Educação Física”, comenta este responsável. Desde 2004, a Educação Física tem tido o mesmo estatuto das outras três disciplinas de formação geral (Português, Inglês e Filosofia), mas a partir do próximo ano lectivo o que se espera, com esta medida, é “um desinvestimento dos alunos” porque “do ponto vista social o que tem impacto é a média de acesso ao ensino superior”, frisa João Lourenço.

O presidente do CNAPEF lembra também que não foram apresentados argumentos para justificar a medida. Em 2010, a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) já tinha proposto que as classificações de Educação Física não contassem para a média final dos estudantes, alegando que “muitos dos alunos do ensino secundário não têm grande destreza física” e que “há bons alunos, de excelência até, os quais, apesar do seu empenho, não conseguem obter boas classificações a Educação Física, acabando tal facto por lhes descer a média geral de acesso ao ensino superior”.

João Lourenço diz que, pelo contrário, as classificações nesta disciplina ajudam muitos alunos a subir a sua média. Seja como for, alega, este é um critério “errado”. “Se os critérios de acesso ao superior são estabelecidos com base nas médias das disciplinas, então não se pode discriminar uma em relação às outras" defende, lembrando que há outros critérios de acesso praticados noutros países, onde a média dos alunos para este efeito é calculada com base nas provas elaboradas pelas próprias faculdades.

“Sendo Portugal um dos piores países europeus no que respeita à prática regular de actividade física, impõe-se uma questão: O que, de facto, pretende o Governo com uma medida como esta?”, questiona ainda.

O CNAPEF continua à espera de resposta do MEC ao pedido que apresentou para outra audiência urgente, na sequência da divulgação, em Maio, das novas matrizes curriculares do secundário que, alertou, retiravam 16 horas/ano à disciplina.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Razia nos resultados de Matemática no 4.º e 9.º ano

O desastre anunciado está confirmado. A média dos alunos do 9.º ano no teste intermédio de Matemática, realizado em Maio passado, ficou-se nos 31,1%, segundo dados disponibilizados ontem pelo Gabinete de Avaliação Educacional (Gave), o organismo do Ministério da Educação e Ciência (MEC) responsável pela elaboração dos exames.

Ontem conheceram-se também os resultados das provas de aferição do 4.º ano: a média a Matemática desceu 14 pontos percentuais por comparação a 2011, situando-se agora nos 53,9%. A percentagem de negativas mais do que duplicou, passando de 19 para 43%.

Miguel Abreu, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, faz outras contas, mas todas apontam no mesmo sentido: o que estes resultados mostram é “extremamente preocupante para o ensino e para o futuro do nosso país”, alerta. “Para progredirem mais tarde é absolutamente fundamental que os alunos cheguem ao final do 1.º ciclo com tudo bem sabido, mas as provas de aferição do 4.º ano [que não contam para a nota final] só 25% conseguiu ter um nível A ou B”, que são os mais altos, frisa Miguel Abreu. “Isto quer dizer que só ¼ dos alunos sai do final do 1.º ciclo com preparação adequada para progredir com sucesso”, acrescenta.

A situação agrava-se ainda mais no final do 3.º ciclo. Segundo dados recebidos pela SPM, dos cerca de 90 mil alunos que realizaram o teste intermédio de Matemática em Maio passado, só 10% conseguiu ter um resultado superior a 60%. O que isto significa, realça Miguel Abreu, “é que só perto de 10 mi8l estão preparados para seguir Matemática A no ensino secundário”, o que também quer dizer que só uma ínfima minoria terá possibilidades de chegar aos cursos e profissões que não existem sem aquela disciplina. É este o problema para o futuro do país.

Elsa Barbosa, presidente da Associação de Professores de Matemática, estava à espera duma razia nos resultados do teste intermédio. O parecer da APM, divulgado no dia da prova, já alertava para tal. “Não foi um teste ajustado à realidade actual dos alunos”, confirmou ontem. No seu parecer, a APM considerou que o teste, por se apoiar muito no novo programa de Matemática, “prejudica claramente os alunos que ainda estão a trabalhar no programa antigo”. Ontem, o Gave contestou esta leitura: os resultados conhecidos mostram que “ a diferença da média das classificações nas escolas onde está em vigor o programa ‘antigo’ e nas escolas que estão a aplicar o programa ‘novo’ foi irrelevante – 0,5 em 100 pontos”, indicou. Quer dizer que o desastre foi total. A APM também já tinha alertado para essa possibilidade, ao considerar desadequada a exigência do teste. “É fundamental que o aumento do nível de exigência seja feito de forma gradual, o que não aconteceu de todo”, frisou no seu parecer.

Segundo o Gave, a descida dos resultados nos testes intermédios de Matemática, e também de Língua Portuguesa, “decorre, entre outras razões do ajustamento dos níveis de exigência adoptados”. No ano passado, os alunos do 9.º ano realizaram dois testes intermédios de Matemática, que servem de preparação para os exames. As médias foram de 40,7 e 44,2%. No teste de Português chegaram aos 55%, mas este ano desceram para 46,7%.

Também na prova de aferição de Língua Portuguesa a média desceu de 69,3% para 66,7% e a percentagem de negativas subiu de 12 para 20%. Ambos os resultados não surpreendem a presidente da Associação e Professores Português, Edviges Ferreira, que atribui a descida na aferição ao facto de a prova ser mais longa do que de costume e no teste intermédio à estrutura da prova e a perguntas que podiam “gerar alguma confusão”.

Miguel Abreu considera que o teste de matemática foi adequado ao nível de exigência que se deve ter no final do 3.º ciclo, mas os resultados mostram “que nem os alunos, nem os professores estavam à espera” daquele tipo de prova”. Desaconselha também por isso alterações. bruscas, embora espere que o caminho continue a ser o da “exigência” tanto ao nível dos exames, como do ensino e das aprendizagens. E lembra que os resultados reflectem também outra alteração, já anunciada há uns meses pelo MEC: o fim das perguntas simples, que valiam geralmente “15 a 20 pontos em 100”. “Os alunos que terminam o 9.º amo sem saberem nada, e são cerca de 1/3, nem esses pontos agora tiveram”, acrescenta.Mudar o ensino

Elsa Barbosa espera agora que os professores e as escolas façam o que lhes é permitido fazer e não utilizem esta nota para a avaliação final dos alunos. “Deve servir de base de reflexão, de correcção das aprendizagens, mas não deve traduzir-se numa nota que ajude a reprovar alunos”, apela. Falta ainda a prova final, o exame nacional de Matemática, marcado para o próximo dia 21. A pergunta que continua a ser feita é só uma: Será idêntico ao teste de Maio? Todos esperam que não. O exame conta com 30% para a nota final e a ser repetida a experiência, o impacto nos chumbos será atordoador.

Quanto à prova de aferição de Matemática, Elsa Barbosa lembra que a APM já estava à espera de uma descida dos resultados, mas que a dimensão da queda a surpreendeu. O mesmo sucedeu com Miguel Abreu. Elsa Barbosa atribuiu o resultado ao facto de “ a prova ser adequada ao novo programa” e de ainda existirem muitos dos alunos que fizeram a maior parte do 1.º ciclo ao abrigo do anterior currículo. “Foi a primeira vez que considerámos a prova adequada ao nível de exigência esperado para o final do 1.º ciclo”, lembra Miguel Abreu.

O futuro? “Mais formação contínua para os professores do 1.º ciclo (este ano não houve) e que o ministério pense numa alternativa para eventuais novos maus resultados no próximo ano, de modo a evitar que a estreia de exames no 4.º ano se salde em mais reprovações”, aconselha Elsa Barbosa.

Miguel Abreu também aconselha mais formação para professores, mas sobretudo insiste na “necessidade de recentrar o ensino da Matemática no que é fundamental aprender: insistir nos conceitos básicos, em exercícios e problemas variados”.

domingo, 10 de junho de 2012

Exorcizar o ranking na cidade velha

Sei de uma escola que ocupa um dos últimos lugares do ranking nacional. Fica situada na zona histórica de uma das mais assinaláveis cidades portuguesas. Tem à sua ilharga alguns dos mais celebrados monumentos do nosso património arquitectónico e artístico. O seu nome anda associado ao mito e ao imaginário social “de que houve nome Portugal”. E, todavia, os seus meninos e meninas “deixam-se” assinalar, hoje, por esta trágica condição que o malfadado ranking determinou: serem os “últimos” alunos de Portugal. Como se, verdadeiramente, não fossem sequer alunos. Como se, quase, esta escola perdesse a razão de existir. Porque essa é a “verdadeira” função reclamada pelo ranking – decidir quem merece e quem não merece existir.

Aceitemos o desafio e façamos alguma reflexão sobre esta escola que tais alunos têm.

Por onde começar? Pela escola, pelos alunos, pelos pais, pelas mães, pelas avós, pelas famílias, pelo meio, pelo poder à volta, pela apatia social, pela indiferença política, pela traição moral, pela inconsciência colectiva, pela história local?

Um pouco inadvertidamente, ia começando pela história local, e talvez seja essa uma via possível para compreender o que se passa e chegar mais além. Não História com H grande, mas história dos dias comuns, do quotidiano milenar que atravessa gerações sem as mover um milímetro. História de abandono e de marginalidade social e cultural onde a escola e a formação letrada sempre foram bens dispensáveis para “aquela gente” que, afinal, vivia do seu trabalho “sem precisar da escola para nada”. O analfabetismo literal que, ainda nos nossos dias, mora em muitas daquelas casas, bastante acima do que é a média da cidade, é bem expressivo da guetização cultural a que foi condenada secularmente a população.

Não é, assim, por acaso que a Escola ainda hoje é vista (e usada) mais como instituição de assistência social, de garantia de cuidados de inserção e do rendimento mínimo do que como espaço de aprendizagem e de desenvolvimento pessoal e social. Afinal, esses são serviços mais urgentes e determinantes que os da aprendizagem formal propriamente dita, se tivermos em atenção o estado de carência social generalizado aí dominante.

Face a este quadro, seria quase irreprimível um movimento de protesto e de denúncia contra a “insensibilidade” do ranking, se se lhe reconhecesse um último resquício de humanidade. Não é esse o caso. O ranking ocupa-se de outros cuidados...

E, no entanto, é preciso que se reconheça que é a via da humanização que está em causa; que se reconheça que os meninos e meninas daquela escola, assim como todos os que estão em processo de abandono ou de insucesso são normalmente os alunos mais fragilizados, os mais susceptíveis de cair em transgressão, os mais inclinados a provocar cenas de afirmação pessoal compensatória do seu anonimato ou da sua insignificância escolar. São, evidentemente, também aqueles que mais resistências oferecem aos programas de recuperação escolar, sobretudo se são programas estigmatizantes, que os assinalem pela negativa, que suscitem compaixão ou falsa valorização. São também os mais esquivos à relação, os mais resistentes à abordagem, os mais antipáticos, “verdadeiramente insuportáveis”, como é comum chamar-lhes. Mas é um profundo erro pensar que esses alunos são insensíveis à sua própria condição de marginais escolares. Não faltam estudos que assinalam a ligação profunda entre o sofrimento desses alunos (recalcado ou mascarado de sobranceria muitas vezes) e o princípio de uma carreira de transgressão, desviância e delinquência...

É aqui que tem lugar a necessidade de aprendizagem do processo de ser aluno, o que nós vimos chamando de “alunização”, que é um processo que exige tempo para aqueles que não trazem do ambiente familiar os hábitos e a cultura escolar, ou ofício do aluno. E lembremo-nos de que hoje a escolarização das nossas famílias com filhos na escola não vai além do ciclo preparatório em 70% dos casos. Ora, isso significa que a familiaridade com a cultura escolar desses adolescentes e jovens não foi oportunamente assegurada e desenvolvida em casa, pelo que os hábitos típicos da cultura escolar (organização do trabalho, disciplina pessoal, autonomia, responsabilidade) têm de ser aprendidos no contexto escolar, o que exige tempo, relações personalizadas professor/aluno, acompanhamento e envolvimento familiar, iniciação ao prazer do trabalho escolar. É absolutamente indispensável aceitar o princípio de que a aprendizagem não é possível sem antes ter criado apetências, disposições que criem o desejo de aprender. Ora, essa dinâmica do desejo supõe uma relação significativa de identificação com alguém que personifique um modelo de identidade que se deseja ser, uma relação singularizante e securizante com um/a professor/a, com um grupo, com um amigo ou amiga que faça a mediação.

Este é um aspecto que está ausente da nossa reflexão sobre a Escola, da nossa reflexão sobre o abandono, o insucesso, a indisciplina, a violência, mesmo que haja profissionais e escolas que são âncoras vivas para o quotidiano dos seus alunos. Quase sempre ficamos pelas lamúrias quanto à nossa incapacidade em Português e em Matemática e não nos interrogamos sobre o que condiciona a sua aprendizagem.

Antes de aprender, está o desejo de aprender. Não é quando se ignora que se aprende – é quando se deseja (Claudine Blanchard-Laville).  Página  da Educação N.º 187, série II, Inverno 2009

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Estudantes vão poder ser expulsos da escola por três anos

A pena máxima regressa às escolas por via do novo Estatuto do Aluno, que foi hoje enviado ao Parlamento pelo Ministério da Educação e Ciência.

A partir do próximo ano lectivo, os alunos com mais de 18 anos, e que estão por isso fora da escolaridade obrigatória, podem ser expulsos da escola e impedidos de regressar durante mais dois anos. Ou seja, são expulsos num ano lectivo e não poderão regressar nos dois anos seguintes.

O projecto de lei que revê o Estatuto do Aluno foi aprovado na quinta-feira passada em Conselho de Ministros, foi hoje entregue na Assembleia da República e enviado à comunicação social. A medida de expulsão não figurava entre as alterações ao estatuto que foram divulgadas pela tutela na semana passada.

Consoante o mês em que faz anos, um aluno que nunca tenha chumbado termina o 12.º ano aos 17 ou aos 18 anos. Em 2010, último ano com dados conhecidos, a taxa de retenção no secundário foi de 18,9%. Só no 12.º ano atingiu os 30,3%.

Segundo o diploma, que terá de ser votado pelo Parlamento, a decisão de expulsão compete ao director-geral da Educação, com possibilidade de delegação, e só pode ser adoptada “quando, de modo notório, se constate não haver outra medida ou modo de responsabilização no sentido do cumprimento dos seus deveres como aluno”.

A expulsão da escola era uma das medidas previstas no primeiro Estatuto do Aluno aprovado em 2002, mas limitava-se ao ano lectivo em que a medida fora decidida. Esta sanção foi eliminada a partir de 2008, com a revisão do estatuto. A medida disciplinar mais pesada prevista no diploma ainda em vigor é a da transferência de escola.

As outras medidas disciplinares mantêm-se no novo diploma, mas é agravada a duração das suspensões. A duração da suspensão preventiva, sem recurso a processo disciplinar, passa de um para três dias. E o prazo máximo da suspensão, precedida por processo, passará de 10 para 14 dias. Por outro lado, quando o aluno causar danos à escola ou a terceiros, poderá ser obrigado a pagar uma indemnização pelos prejuízos provocados.

O excesso de faltas injustificadas determina a retenção dos alunos do básico, como já acontece desde o ano passado. Mas os alunos do secundário nesta situação ficarão excluídos da frequência da disciplina ou disciplinas em que se verifique o excesso de faltas, uma medida que não se encontra prevista no estatuto em vigor.

Para os alunos que fiquem retidos ou excluídos da frequência continuará a persistir “a obrigação de frequência da escola” até ao final do ano lectivo ou até perfazerem 18 anos. Durante este tempo serão integrados “em actividades de integração escolar e comunitária” a definir pela escola.
Independentemente da idade, os alunos que ultrapassarem o limite de faltas previsto para actividades de apoio ou de frequência facultativa serão imediatamente excluídos destas.

Os alunos menores de 16 anos com faltas injustificadas em excesso podem ser alvo de actividades, a definir pela escola, “que permitam recuperar atrasos na aprendizagem”. Estas actividades “são decididas pelo professor titular da turma ou pelos professores das disciplinas em que foi ultrapassado o limite de faltas”, “podem revestir forma oral” e “apenas podem ser aplicadas uma única vez no decurso de cada ano lectivo".

Conforme anunciado na semana passada, desaparecem os Planos Individuais de Trabalho destinados aos alunos faltosos e que vieram substituir as provas de recuperação introduzidas por Maria de Lurdes Rodrigues, cuja realização era obrigatória sempre que os alunos ultrapassassem o limite de faltas.

O projecto de novo estatuto recupera, contudo, uma das medidas que estava associada a estas provas. Quanto os alunos tinham aproveitamento eram-lhes relevadas as faltas. Agora prevê-se que as faltas em excesso serão "desconsideradas” sempre que “cesse o incumprimento do dever de assiduidade por parte do aluno”.

Entre os novos deveres atribuídos aos alunos passará também a figurar um que diz respeito à forma como se apresentam na escola. Estipula-se que devem “cuidar da sua higiene pessoal e apresentar-se com vestuário que se revele adequado, em função da idade, à dignidade do espaço e das actividades escolares”.Conforme também já tinha sido anunciado, os pais dos alunos com excesso de faltas injustificadas podem ser obrigados a pagar multas e aos que beneficiam da acção social escolar serão reduzidos estes apoios. O valor das multas reverte para a escola e a instrução dos processos respectivos competirá ao director-geral da Administração Escolar.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Ministério quer cortar 20% de vagas para formar professores e educadores

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) prepara-se para cortar pelo menos 20% nas vagas dos cursos de formação de professores do 1º e 2º ciclos e de educadores de infância, uma medida para entrar em vigor já no próximo ano lectivo.

Um projecto de despacho que prevê este corte foi enviado para o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e para o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, que têm o dia de amanhã, segunda-feira, como prazo limite para se pronunciarem sobre esta matéria.

O MEC determina ainda que as instituições façam uma “redistribuição interna” para aumentarem as vagas nos cursos das áreas de Ciências, Matemática e Informática e Engenharia.

A limitação das vagas para os cursos superiores de Educação Básica é justificada com o “excesso de oferta” nestas áreas, refere o projecto, que destaca que a fixação de lugares deve ter em consideração a informação disponível sobre a “empregabilidade”. A ideia é a de que os cursos com pouca empregabilidade (mais licenciados inscritos nos centros de emprego do que a média) não podem aumentar o número de lugares. A fixação de vagas deve ter em consideração “a racionalização da oferta formativa” e “os recursos disponíveis”, explica o MEC.

Comentando o projecto, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, defende que o Governo tinha a obrigação de explicar de uma forma “não apenas empírica” em que é que suporta este corte anunciado, “sustentando-o com estudos, o que não acontece”.

domingo, 3 de junho de 2012

Falar é fácil

Desde o início do ano que eu reparava no comportamento daquele meu aluno.

Era um rapazinho tímido, de cerca de 12 anos, frequentando com sucesso o 6º ano. Nunca se atrasava, exemplarmente cumpridor, mas no intervalo ficava muitas vezes isolado e afastado dos colegas. Várias vezes o tinha incentivado a participar com a turma nos jogos e brincadeiras. Embora lhe fosse difícil, percebia-se isso, um dia disse-me, à entrada da aula, “professor, hoje estive a jogar futebol com os outros”. Era um triunfo e quis partilhá-lo comigo, como se eu fosse cúmplice da sua vitória.

Mas na altura em que se aproximavam testes ele ficava ainda mais pálido e olheirento. Nessas alturas isolava-se ainda mais, deixava de sorrir, os olhos à beira das lágrimas, um silêncio a custo quebrado, um rosto que mostrava sofrimento.

Todos os professores, inquietos, tinham já falado do Francisco. Quando ao director de turma falou com os pais, compreendeu que a mesma ansiedade devia estar presente naqueles pais que, eles também, ficavam ansiosos quando da prestação de provas do filho. Mas, mais ainda, o próprio Francisco sofria por si e pelos pais. Apesar dos bons resultados que ia conseguindo, cada nova prova era um sofrimento atroz, nunca acreditava que ia ser capaz, e cada teste era um espasmo de dor e sofrimento. Tinha sido sempre assim desde pequeno, diziam os pais, até já o tinham levado ao psicólogo, mas não tinha mudado muito.

Os colegas gozavam o Francisco: desde chamar-lhe mariquinhas, betinho até inventarem súbitas informações sobre teste inexistentes que o professor de matemática ou português ia dar em breve.

Ciclicamente, quando havia testes, eu via o Francisco pálido, fechado em si, recuando para os cantos no recreio, a deixar-se ficar encostado e escondido junto a um pilar ou a uma árvore, de lágrimas nos olhos e tremendo.

No inverno, quando chovia e não se podia ir lá para fora, a tristeza do Francisco era mais visível. Percorrendo os corredores, ou o polivalente, arrastando atrás de si a mochila com rodinhas, de cabeço baixa, olhos em que podíamos imaginar as lágrimas, ombros caídos e um pouco curvado, ele era a imagem da própria desolação. Então nós, professores e funcionários, já sabíamos que o Francisco estava em vésperas de ter um teste. Depois a um seguiam-se outros e o Francisco nem tinha tempo para se “desangustiar”. Por fim quando os testes terminavam tinha alguns dias de alívio e alegria. Mas durava pouco pois, mal sabia de outro teste, logo ele se desesperava de novo.

Um dia falei com ele sobre a sua grande preocupação. Disse-lhe que não fazia sentido tanta desassossego pois ele era bom aluno, nunca tinha maus resultados, tinha que ter mais confiança em si, pensar que, mesmo se alguma coisa corresse mal, ele poderia sempre melhorar a seguir pois era inteligente e capaz; disse-lhe como tinha que estar mais à vontade, menos triste, que era só pensar que tudo iria correr bem.

Escutou-me atento e simpático mas os seus olhos continuavam aflitos e incrédulos.

Disse-lhe:

- Estás-me a ouvir e a pensar que falar é fácil, não é Francisco?

Então com um grande suspiro e um enorme sorriso de alívio o Francisco respondeu:

- É, professor, falar é fácil!...

Sorri-lhe. Não dissemos mais nada. A comunicação mais profunda tinha sido estabelecida.



Página da Educação
N.º 187, série II
Inverno 2009

sábado, 2 de junho de 2012

Respostas Hilariantes

Eis aqui alguns exemplos de respostas imaginativas dadas por não menos imaginativos alunos nos seus testes escolares. Estão separados por disciplina e escritos tal e qual no original:

História
- A História divide-se em 4: Antiga, Média, Moderna e Momentânea (esta, a dos nossos dias);
- O Hino Nacional Francês chama-se La Mayonèse;
- Tiradentes, depois de morto, foi decapitulado;
- Entres os índios da América, destacam-se os aztecas, os incas, os pirineus, etc;
- No começo os índios eram muito atrazados mas com o tempo foram-se sifilizando;
- Com a morte de Jesus Cristo os apóstolos continuaram a sua carreira;
- Entre os povos orientais os casamentos eram feitos "no escuro" e os noivos só se conheciam na hora h.

Geografia
- A capital de Portugal é Luiz Boa;
- O principal rio nos Estados Unidos é o Mininici;
- A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos;
- Na América Central há países como a República do Minicana;
- A Terra é um dos planetas mais conhecidos no mundo;
- As constelações servem para esclarecer a noite;
- As principais cidades da América do Norte são Argentina e Estados Unidos;

Ciências
- Ecologia é o estudo dos ecos, isto é, da ida e vinda dos sons;
- Solo é quando numa orquestra um dos músicos "capricha" sozinho e os outros ficam à escuta;
- Assexuada é a pessoa que não está nem do lado de cá nem do lado de lá;
- Trompa de Eustáquio é o instrumento musical de sopro, inventado pelo grande músico belga Eustáquio, de Bruxelas;
- Newton foi um grande ginecologista e obstetra europeu que regulamentou a lei da gravidez e estudou os ciclos de Ogino-Knaus;

Português
- Parêntesis é o gráu da família que existe entre os pais e filhos, tios e sobrinhos, avós e netos, primos e primas, etc;
- Preposição, conforme diz a palavra pela sua própria entomologia, é aquela que é colocada antes da outra que é mais importante;
- Conjunção é a grafia que se usa quando se quer conjugar um verbo;
- Sujeito é a pessoa com quem a gente fala;
* Concordância é quando nós estamos de acordo com o que o outro disse.

EXAMES - 2ª FASE
- A febre amarela foi trazida da China por Marco Polo;
- Os ruminantes distinguem-se dos outros animais porque o que comem, comem duas vezes;
- O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia;
- A arquitectura gótica notabilizou-se por fazer edifícios verticais;
- A diferença entre o Romantismo e o Realismo é que os românticos escrevem romances e os realistas nos mostram como está a situação do país;
- As múmias tinham um profundo conhecimento de anatomia;
- Na Grécia a democracia funcionavam muito bem porque os que não estavam de acordo envenenavam-se;
- As plantas distinguem-se dos animais por só respirarem à noite;
- Os estuários e os deltas foram os primitivos habitantes da Mesopotâmia;
- A caixa de previdência assegura o direito à enfermidade colectiva;
- A respiração anaeróbica é a respiração sem ar que não deve passar de três minutos;
- Calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade de tempo;
- Antes de ser criada a Justiça, o mundo era injusto.

EXAMES NACIONAIS DO 9º E DO 12º
- Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigénio;
- O nervo óptico transmite ideias luminosas ao cérebro;
- O vento é uma imensa quantidade de ar;
- Terramoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas;
- Os antigos egípcios desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor;
- Péricles foi o principal ditador da democracia grega;
- O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de necessidades;
- O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro de água;
- A principal função da raíz é enterrar-se;
- O sol dá-nos luz, calor e turistas;
- As aves têm na boca um dente chamado bico;
- A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem de realizar num metro da unidade de tempo, no sentido contrário.

2324 alunos por agrupamento

O próximo ano lectivo irá arrancar com 150 agrupamentos de escolas, com uma média de 2324 alunos por cada unidade. O anúncio foi feito ontem pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), ao defender que a medida irá "reforçar o projecto educativo", "facilitar o trabalho dos professores" e "racionalizar a gestão dos recursos humanos e materiais".
Aos 115 agrupamentos anunciados há cerca de duas semanas juntam-se agora 35 novas estruturas, algumas das quais com mais de quatro mil alunos. É o caso do agrupamento de Escolas Professor Galopim de Carvalho e da Escola Secundária Padre Alberto Neto, em Sintra, com 4104 estudantes. Porém, é em Alcobaça que se concentra o mega-agrupamento com mais educandos: 4156.
Segundo o MEC, "estas propostas das autarquias ultrapassam o limite de alunos definido, mas pela especificidade dos casos merecem a concordância do Governo".
Perante esta decisão, "cujo objectivo é despedir milhares de professores e agravar a precariedade dos docentes dos quadros", o Sindicato dos Professores da Região Centro convocou uma concentração de professores para dia 5, em Coimbra.

LISTA DE AGRUPAMENTOS

Aveiro
Arouca
Agrupamento de Escolas de Arouca e Escola Secundária de Arouca: 2571 alunos
Espinho
Escola Secundária Dr. Manuel Gomes Almeida, Espinho e Agrupamento de Escolas de Domingos Capela: 3006 alunos
Agrupamento de Escolas Sá Couto, Espinho e Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira: 3016 alunos
Oliveira de Azeméis
Escola Secundária Ferreira de Castro e Agrupamento de Escolas Bento Carqueja: 1680 alunos
Escola Secundária Soares Basto, Oliveira de Azeméis e Reorganização da rede absorvendo algumas escolas de agrupamentos já efectuados: 1573 alunos
Agrupamento de Escolas Comendador Ângelo Azevedo e Agrupamento de Escolas de Couto de Cucujães: 1717 alunos
Agrupamento de Escolas de Carregosa e Agrupamento de Escolas de Fajões: 1579 alunos
Agrupamento de Escolas de Loureiro e Agrupamento de Escolas de Pinheiro da Bemposta: 1278 alunos
Santa Maria da Feira
Agrupamento de Escolas de Arrifana e Agrupamento de Escolas de Milheirós de Poiares: 1730 alunos
São João da Madeira
Agrupamento de Escolas de São João da Madeira e Escola Secundária João Silva Correia: 1982 alunos
Braga
Amares
Agrupamento de Escolas de Amares e Escola Secundária de Amares: 2771 alunos
Barcelos
Agrupamento de Escolas Abel Varzim e Escola Secundária de Barcelos: 2519 alunos
Agrupamento de Escolas de Manhente e Escola Secundária Alcaides de Faria: 2768 alunos
Esposende
Agrupamento de Escolas António Correia de Oliveira e Agrupamento de Escolas de Apúlia: 2302 alunos
Agrupamento de Escolas das Marinhas e Agrupamento de Escolas do Baixo Neiva: 1685 alunos
Fafe
Agrupamento de Escolas de Arões e Escola Secundária de Fafe: 2400 alunos
Agrupamento de Escolas de Montelongo e Agrupamento de Escolas Padre Joaquim Flores: 2439 alunos
Agrupamento de Escolas de Silvares e Agrupamento de Escolas Prof. Carlos Teixeira: 2269 alunos
Póvoa de Lanhoso
Agrupamento de Escolas do Ave e Escola Secundária de Póvoa de Lanhoso: 1656 alunos
Vila Nova de Famalicão
Agrupamento de Escolas D. Maria II e Agrupamento de Escolas do Vale do Este: 2361 alunos
Agrupamento de Escolas Bernardino Machado, Joane e Escola Secundária Padre Benjamim Salgado: 3111 alunos
Agrupamento de Escolas Calendário e Escola Secundária D. Sancho I: 2545 alunos
Agrupamento de Escolas Júlio Brandão e Escola Secundária Camilo Castelo Branco: 3545 alunos
Vila Verde
Agrupamento de Escolas de Moure e Agrupamento de Escolas de Ribeira de Neiva: 1764 alunos
Agrupamento de Escolas Monsenhor Elísio Araújo e Agrupamento de Escolas de Vila Verde: 3001 alunos
Vizela
Agrupamento de Escolas de Caldas de Vizela e Escola Secundária de Caldas de Vizela: 2332 alunos
Bragança
Bragança
Agrupamento de Escolas Abade de Baçal e Agrupamento de Escolas Augusto Moreno: 1731 alunos
Agrupamento de Escolas Paulo Quintela e Escola Secundária Emídio Garcia: 2160 alunos
Mirandela
Agrupamento de Escolas de Torre de Dona Chama, Agrupamento de Escolas Luciano Cordeiro e Escola Secundária de Mirandela: 2663 alunos
Viseu
Lamego
Escola Secundária /3 Latino Coelho e Agrupamento de Escolas de Lamego: 2506 alunos
Porto
Amarante
Agrupamento de Escolas Amadeo de Souza Cardoso e Agrupamento de Escolas de Vila Caiz: 2859 alunos
Agrupamento de Escolas de Amarante e Agrupamento de Escolas do Marão: 2352 alunos
Baião/Felgueiras
Escola Secundária de Vila Cova da Lixa e Agrupamento de Escolas Dr. Leonardo Coimbra: 2426 alunos
Gondomar
Escola Secundária de Gondomar e Agrupamento de Escolas de Jovim e Foz do Sousa: 2410
Escola Secundária de Rio Tinto e Agrupamento de Escolas de Baguim: 3150 alunos
Maia
Agrupamento de Escolas de Gueifães e Escola Secundária da Maia: 2893 alunos
Agrupamento de Escolas do Castêlo da Maia e Escola Secundária de Castêlo da Maia: 3010 alunos
Matosinhos
Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora n.º 2 e Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora: 2914 alunos
Agrupamento de Escolas de Custóias e Agrupamento de Escolas Irmãos Passos: 2316 alunos
Agrupamento de Escolas de Leça do Balio e Escola Secundária de Padrão da Légua: 2166 alunos
Agrupamento de Escolas de São Mamede de Infesta e Escola Secundária Abel Salazar, São Mamede de Infesta: 2261 alunos
Lousada
Agrupamento de Escolas de Lousada Centro e Escola Secundária de Lousada: 3091 alunos
Paredes
Agrupamento de Escolas de Baltar e Escola Secundária Daniel Faria: 2777 alunos
Escola Secundária de Vilela e Agrupamento de Escolas de Rebordosa: 2677 alunos
Penafiel
Agrupamento de Escolas de Penafiel Sul e Escola Secundária Joaquim de Araújo, Guilhufe: 2956 alunos
Porto
Agrupamento de Escolas Augusto Gil e Escola Secundária de Aurélia de Sousa: 2511 alunos
Escola Secundária Garcia de Orta e Agrupamento de Escolas Francisco Torrinha: 3004 alunos
Agrupamento de Escolas Irene Lisboa e Escola Secundária Carolina Michaelis, Cedofeita: 2182 alunos
Agrupamento de Escolas Nicolau Nasoni e Agrupamento de Escolas António Nobre: 2294 alunos
Escola Secundária Fontes Pereira de Melo e Agrupamento de Escolas Maria Lamas: 1942 alunos
Escola Secundária Alexandre Herculano, Agrupamento de Escolas Dr. Augusto César Pires de Lima e Agrupamento de Escolas Ramalho Ortigão: 3140 alunos
Trofa
Agrupamento de Escolas de Coronado e Covelas e Agrupamento de Escolas do Castro: 2103
Escola Secundária da Trofa e Agrupamento de Escolas da Trofa: 3207 alunos
Marco de Canaveses
Agrupamento de Escolas de Toutosa e Escola Secundária de Marco de Canaveses: 2838 alunos
Valongo
Agrupamento de Escolas D. António Ferreira Gomes e Escola Secundária de Ermesinde: 2938 alunos
Escola Secundária de Valongo e Agrupamento de Escolas de São João do Sobrado: 2307 alunos
Vila Nova de Gaia
Agrupamento de Escolas Adriano Correia de Oliveira, Agrupamento de Escolas Anes de Cernache e Escola Secundária de Oliveira do Douro: 2951 alunos
Escola Secundária António Sérgio e Agrupamento de Escolas de Santa Marinha: 2769 alunos
Escola Secundária Diogo de Macedo e Agrupamento de Escolas do Olival: 2481 alunos
Escola Secundária de Carvalhos e Agrupamento de Escolas São Pedro Pedroso: 2769 alunos
Monção
Agrupamento de Escolas de Deu-la-Deu Martins, Agrupamento de Escolas de Vale do Mouro e Escola Secundária de Monção: 2073 alunos
Vila Real
Chaves
Agrupamento de Escolas de Vidago e Escola Secundária Fernão de Magalhães: 1068 alunos
Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Gonçalves Carneiro e Escola Secundária Dr. António Granjo: 1884 alunos
Agrupamento de Escolas Nadir Afonso e Escola Secundária Dr. Júlio Martins: 2071 alunos
Vila Real
Agrupamento de Escolas Monsenhor Jerónimo do Amaral e Escola Secundária Morgado de Mateus: 2209 alunos
Aveiro
Aveiro
Agrupamento de Escolas de Aveiro e Escola Secundária Homem Cristo: 2545 alunos
Agrupamento de Escolas de Esgueira e Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima: 1960 alunos
Ovar
Agrupamento de Escolas de Maceda e Arada, Agrupamento de Escolas Florbela Espanca e Escola Secundária de Esmoriz: 2771 alunos
Agrupamento de Escolas de Ovar e Escola Secundária Dr. José Macedo Fragateiro: 3060 alunos
Agrupamento de Escolas de Ovar Sul, Escola Básica de São Vicente de Pereira Jusã e Escola Secundária Júlio Dinis: 1740 alunos
Águeda
Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima, Agrupamento de Escolas de Fermentelos e Escola Secundária Marques de Castilho: 2177 alunos
Albergaria-a-Velha
Agrupamento de Escolas de Albergaria-a-Velha e Agrupamento de Escolas de São João de Loure: 2284 alunos
Ílhavo
Agrupamento de Escolas de Gafanha da Nazaré e Escola Secundária de Gafanha da Nazaré: 1975 alunos
Agrupamento de Escolas de Ílhavo e Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes: 1916 alunos
Vagos
Agrupamento de Escolas de Vagos e Escola Secundária de Vagos: 2301 alunos
Castelo Branco
Castelo Branco
Agrupamento de Escolas de São Vicente da Beira e Agrupamento de Escolas José Sanches: 1077 alunos
Fundão
Agrupamento de Escolas João Franco e Escola Secundária de Fundão: 1518 alunos
Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha E Agrupamento de Escolas Terras do Xisto: 1456 alunos
Coimbra
Coimbra
Agrupamento de Escolas Alice Gouveia e Agrupamento de Escolas de Ceira: 1593 alunos
Agrupamento de Escolas Silva Gaio, Escola Secundária Jaime Cortesão e Agrupamento de Escolas de São Silvestre: 1835 alunos
Agrupamento de Escolas de Taveiro e Agrupamento de Escolas Inês de Castro e Escola Secundária D. Duarte: 2020 alunos
Cantanhede
Agrupamento de Escolas de Finisterra, Febres e Escola Secundária de Cantanhede: 1273 alunos
Figueira da Foz
Agrupamento de Escolas de Alhadas e Escola Secundária Cristina Torres: 1643 alunos
Agrupamento de Escolas de Buarcos e Escola Secundária Dr. Bernardino Machado: 1430 alunos
Montemor-o-Velho
Agrupamento de Escolas de Arazede, Agrupamento de Escolas de Carapinheira e Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho: 2439 alunos
Leiria
Leiria
Agrupamento de Escolas de Santa Catarina da Serra e Agrupamento de Escolas Dr. Correia Alexandre, Caranguejeira: 1429 alunos
Viseu
Viseu
Agrupamento de Escolas de Marzovelos e Agrupamento de Escolas Grão Vasco: 2711 alunos
Agrupamento de Escolas de Vil de Soito e Agrupamento de Escolas Dr. Azeredo Perdigão, Abraveses: 2301 alunos
Agrupamento de Escolas de Silgueiros e Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique: 2214 alunos
Tondela
Agrupamento de Escolas de Campo de Besteiros, Agrupamento de Escolas de Caramulo e Escola Secundária de Tondela: 1685 alunos
Agrupamento de Escolas de Lageosa e Agrupamento de Escolas de Tondela: 1674 alunos
Lisboa
Cascais
Agrupamento de Escolas de Cascais e Escola Secundária de Cascais: 2234 alunos
Agrupamento de Escolas de Santo António, Parede e Escola Secundária Fernando Lopes Graça, Parede: 2719 alunos
Escola Secundária da Cidadela e Agrega escolas de outros agrupamentos formando um agrupamento vertical: 1265 alunos
Lisboa
Agrupamento de Escolas de Alvalade e Escola Secundária Padre António Vieira: 2100
Agrupamento de Escolas de Marvila e Escola Secundária D. Dinis: 1713 alunos
Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais e Escola Secundária António Damásio: 2483 alunos
Agrupamento de Escolas de Telheiras e Escola Secundária Vergílio Ferreira: 2719 alunos
Agrupamento de Escolas Delfim Santos e Escola Secundária D. Pedro V: 3105 alunos
Escola Secundária D. Luísa de Gusmão e Agrupamento de Escolas Nuno Gonçalves: 2238 alunos
Escola Secundária José Gomes Ferreira e Agrupamento de Escolas Pedro de Santarém: 2858 alunos
Loures
Agrupamento de Escolas de Bucelas e Escola Secundária Dr. António Carvalho Figueiredo: 1688 alunos
Oeiras
Agrupamento de Escolas Amélia Rey Colaço e Agrupamento de Escolas Zarco: 1888 alunos
Escola Secundária Camilo Castelo Branco e Agrupamento de Escolas de Carnaxide: 2157 alunos
Agrupamento de Escolas de Miraflores e Escola Secundária de Miraflores: 2566 alunos
Escola Secundária Luís de Freitas Branco e Agrupamento de Escolas de Paço de Arcos: 2505 alunos
Escola Secundária Sebastião e Silva e Agrupamento de Escolas de São Julião da Barra: 2718 alunos
Agrupamento de Escolas Professor Noronha Feio e Escola Secundária Professor José Augusto Lucas, Linda-a-Velha: 2677 alunos
Sintra
Agrupamento de Escolas D. Fernando II, Escola Secundária de Santa Maria e Agrupamento de Escolas da Região de Colares: 3663 alunos
Agrupamento de Escolas Professor Egas Moniz e Escola Secundária Stuart Carvalhais, Massamá: 3555 alunos
Agrupamento de Escolas Professor Galopim de Carvalho e Escola Secundária Padre Alberto Neto, Queluz: 4104 alunos
Agrupamento de Escolas Rio de Mouro e Escola Secundária Leal da Câmara: 3279 alunos
Agrupamento de Escolas D. Pedro IV e Escola Secundária Miguel Torga, Monte Abraão: 3040 alunos
Escola Secundária de Mem Martins e Agrupamento de Escolas Maria Alberta Menéres: 3050 alunos
Escola Secundária Gama Barros, Cacém - Integra a EB Ribeiro Carvalho, EB Cacém n.º1 e n.º2 e a EB Vale Morão do Agrupamento António Sérgio: 2028 alunos
Torres Vedras
Agrupamento de Escolas Padre Francisco Soares e Escola Secundária Madeira Torres: 2909 alunos
Vila Franca de Xira
Agrupamento de Escolas Póvoa de D. Martinho e Agrupamento de Escolas de Aristides de Sousa Mendes: 3042 alunos
Santarém
Almeirim
Agrupamento de Escolas Febo Moniz e Escola Secundária Marquesa de Alorna: 2376
Benavente
Agrupamento de Escolas de Porto Alto e Agrupamento de Escolas de Samora Correia: 2290 alunos
Agrupamento de Escolas Duarte Lopes e Escola Secundária de Benavente: 2238 alunos
Ourém
Agrupamento de Escolas de Freixianda e Agrupamento de Escolas de Ourém: 2593 alunos
Cartaxo
Agrupamento de Escolas Marcelino Mesquita e Escola Secundária do Cartaxo: 2328 alunos
Entroncamento
Agrupamento de Escolas Alfha e Escola Secundária do Entroncamento: 2775 alunos
Santarém
Agrupamento de Escolas D. João II e Escola Secundária Sá da Bandeira Santarém: 2747 alunos
Agrupamento de Escolas de Alcanede e Agrupamento de Escolas de Pernes: 1561 alunos
Tomar
Escola Secundária de Santa Maria do Olival e Agrupamento de Escolas D. Nuno Álvares Pereira: 2161 alunos
Agrupamento de Escolas de Santa Iria, Escola Secundária Jacôme Ratton e Agrupamento de Escolas Gualdim Pais, Tomar: 3482 alunos
Setúbal
Alcochete
Agrupamento de Escolas El Rei D. Manuel e Escola Secundária de Alcochete: 2834 alunos
Sesimbra
Agrupamento de Escolas do Castelo e Escola Secundária de Sampaio: 2281 alunos
Leiria
Caldas da Rainha
Agrupamento de Escolas de Santo Onofre e Escola Secundária Raul Proença: 2531 alunos
Alcobaça
Escola Secundária D. Inês de Castro, Alcobaça, Agrupamento de Escolas D. Pedro I, Agrupamento de Escolas Frei Estevão Martins e Agrupamento de Escolas de Pataias: 4156 alunos
Beja
Aljustrel
Agrupamento de Escolas de Aljustrel e Escola Secundária de Aljustrel : 1019 alunos
Castro Verde
Agrupamento de Escolas de Castro Verde e Escola Secundária de Castro Verde: 1059 alunos
Serpa
Agrupamento de Escolas de Pias e Agrupamento de Escolas de Serpa: 1101
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de São Bento e Escola Secundária de Serpa: 889 alunos
Évora
Vila Viçosa
Agrupamento de Escolas de Vila Viçosa e Escola Secundária Públia Hortênsia de Castro: 1380 alunos
Vendas Novas
Agrupamento de Escolas de Vendas Novas e Escola Secundária de Vendas Novas: 1634 alunos
Portalegre
Escola Secundária Mouzinho da Silveira e Agrupamento de Escolas n.º 2 de Portalegre: 1855 alunos
Faro
Faro
Agrupamento de Escolas da Sé e Escola Secundária João de Deus: 1928 alunos
Albufeira
Agrupamento de Escolas de Albufeira Poente, Escola Secundária de Albufeira: 2389 alunos
Agrupamento de Escolas de Ferreirasm, Agrupamento de Escolas de Paderne e Agrupamento de Escolas Diamantina Negrão: 2212 alunos
Lagos
Escola Secundária Júlio Dantas e Agrupamento de Escolas de Lagos: 2488 alunos
Agrupamento de Escolas Gil Eanes ( As EB1 de Bensafrim e EB1 n.º3 de Lagos passam para o agrupamento Escolas Gil Eanes já constituído): 2042 alunos
Loulé
Agrupamento de Escolas Eng. Duarte Pacheco e Agrupamento de Escolas de Boliqueime: 2105 alunos
Agrupamento de Escolas Padre João Coelho Cabanita e Agrupamento de Escolas de Salir: 2130 alunos
Olhão
Agrupamento de Escolas de Moncarapacho, Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes e Agrupamento de Escolas Dr. João Lúcio: 1997 alunos
Agrupamento de Escolas José Carlos da Maia e Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira: 2130 alunos
Silves
Agrupamento de Escolas de Algoz e Agrupamento de Escolas de Armação de Pêra Silves: 1770 alunos
Agrupamento de Escolas de São Bartolomeu de Messines, Agrupamento de Escolas Dr. Garcia Domingues e Escola Secundária de Silves: 2510 alunos
Portimão
Escola Secundária Poeta António Aleixo e Agrupamento de Escolas D. Martinho Castelo Branco: 2594 alunos